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CGU apura ‘confusão proposital’ com vacinação de Bolsonaro em São Paulo

Investigadores querem saber se registro de imunização sabidamente falso foi usado para acobertar fraude no sistema do Ministério da Saúde

Por Marcela Mattos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 7 Maio 2023, 17h51 - Publicado em 7 Maio 2023, 17h02
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  • Prédio da Controladoria-Geral da União (CGU)
    Prédio da Controladoria-Geral da União, em Brasília (CGU/Divulgação)

    Integrantes da Controladoria-Geral da União (CGU) que investigam as fraudes no cartão de vacinação do ex-presidente Jair Bolsonaro apuram se houve algum tipo de manipulação com o objetivo de confundir as apurações e mascarar as irregularidades promovidas no sistema do Ministério da Saúde.

    Deflagrada na quarta-feira, 3, uma operação da Polícia Federal, iniciada com base em informações enviadas pela CGU, cumpriu mandados de busca e de prisão na apuração de uma suposta associação criminosa que teria fraudado cartões de vacinação de Bolsonaro e seus assessores.

    O objetivo do grupo seria alterar os dados do Sistema Único de Saúde (SUS), de modo a indicar que o ex-presidente e seus auxiliares teriam sido imunizados com a vacina contra a Covid-19 e, dessa maneira, emitir certificados de vacinação para entrar nos Estados Unidos. Segundo as apurações da PF, as fraudes teriam ocorrido em dezembro de 2022 e teriam como um de seus articuladores o ex-ajudante de ordens Mauro Cid, preso na operação.

    No entanto, já era sabido desde o ano passado que constava na carteira de Bolsonaro o registro de uma dose do imunizante Janssen, que teria sido aplicada em julho de 2021 em uma Unidade Básica de Saúde em São Paulo. O aviso foi feito pela CGU já no fim do governo Bolsonaro, em dezembro de 2022. À época, a controladoria era comandada pelo ministro Wagner Rosário.

    Investigadores que tiveram acesso aos dados afirmam que os informes, feitos no apagar das luzes, já vieram acompanhados do alerta de que havia indícios de fraude e adulterações no cartão de vacinação do então presidente, que sequer estava em São Paulo no dia da suposta vacinação.

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    Os dados de vacinação do ex-presidente, mantidos sob sigilo durante a gestão, só foram liberados quando as inserções fraudulentas em nome de Bolsonaro já haviam sido feitas no sistema do Ministério da Saúde.

    “Pode ter sido só para confundir. Foi uma coisa assim: ‘Toma aqui para vocês irem atrás, brinquem com essa fraude de São Paulo’”, disse um dos investigadores, que defende a necessidade de apuração se houve uma tentativa de desviar o foco sobre os delitos ou de tratá-los como um mesmo caso.

    A própria CGU e a Polícia Federal investigam o registro de vacinação de Bolsonaro em São Paulo.

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