Os enredos de escola de samba do Rio de Janeiro são celebrações épicas de lendas, de figuras do folclore, de acontecimentos históricos. Questões políticas só comparecem raramente, com discrição, como convém a agremiações movidas a dinheiro público, patrocínios e governantes amigos. Pois este ano não foi nada igual àqueles que passaram. Com pouca verba e sem costas quentes, as escolas optaram por temperar a exaltação com a voz rouca das ruas e fizeram do Sambódromo uma caixa de ressonância da insatisfação popular com os governos, os políticos e a corrupção. Com sucesso: as mais revoltadas, Beija-Flor e Paraíso do Tuiuti, ficaram com os primeiros lugares.
Em pleno ano eleitoral, a revolta coreografada e celebrada na passarela é um sinal nítido do humor da população: ela está farta. Nesta edição de VEJA, especialistas em política analisam a explosão de indignação na Sapucaí e antecipam que seu eco vai reverberar nas eleições de outubro. “Se tudo permanecer como está, com políticos acusados de corrupção e protegidos por imunidade, a população chegará para votar ainda mais desesperançada”, diz Carlos Montenegro, presidente do Ibope.
Assine agora o site para ler na íntegra esta reportagem e tenha acesso a todas as edições de VEJA:
Ou adquira a edição desta semana, a partir desta sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018, para iOS e Android.
Aproveite: todas as edições de VEJA Digital por 1 mês grátis no Go Read.