Black Friday: Revista em casa a partir de 8,90/semana
Continua após publicidade

Capitais registram protestos contra STF e liberdade de Lula

Manifestantes cobraram aprovação de PEC que permite prisão em segunda instância, exaltaram Lava Jato e atacaram ministros do STF

Por Da Redação Atualizado em 9 nov 2019, 19h53 - Publicado em 9 nov 2019, 19h52
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Contra a liberdade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a decisão do Supremo Tribunal Federal que impediu a prisão de condenados em segunda instância, manifestações convocadas pelo Movimento Brasil Livre (MBL), Vem Pra Rua e Nas Ruas se reuniram nas principais capitais do país neste sábado, 9. O protestos pressionavam pela aprovação de uma PEC que permite a prisão em segunda instância e deve ser votada na Comissão de Constituição e Justiça na próxima segunda-feira, 11.

    Em São Paulo, os manifestantes se aglomeraram em um trecho da Avenida Paulista entre a sede da Federeção das Indústrias de São Paulo (Fiesp) e o Museu de Artes de São Paulo (Masp). Com o apoio de dois carros de som, o público pediu e impeachment de ministros do STF e a aprovação da PEC 410, que restaura a execução antecipada da pena.

    O evento na capital paulista teve a maior mobilização de todos os atos convocados. Estiveram presentes a deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP), o empresário Luciano Hang e o jurista Modesto Carvalhosa, que, em seu discurso pediu o impeachment de ministros do STF.

    No Rio de Janeiro, os manifestantes se reuniram em torno de um pequeno carro de som e ocuparam menos de um quarteirão da praia de São Conrado, bem em frente ao prédio onde mora o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia. Muitos deles estavam vestidos de preto em protesto contra o STF. A maioria, no entanto, manteve a tradição do movimento e se vestiu de verde e amarelo.

    “A decisão do STF foi um golpe, um ato político”, discursou uma das organizadoras do evento, Adriana Balthazar, do Vem Pra Rua. “Estamos na rua para pedir o fim da impunidade.” Nos cartazes dos manifestantes, as palavras de ordem eram “Prisão em segunda instância sim, impunidade não”, “Lula volta para a cadeia”, “Meu partido é o Brasil” e “A nossa bandeira jamais será vermelha”.

    Continua após a publicidade

    Em Curitiba, os manifestantes se reuniram em frente à sede da Justiça Federal. Eles pediram apoio à operação Lava Jato, ao presidente Jair Bolsonaro e exaltaram o ministro Sergio Moro, ex-juiz da operação, e o procurador Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa do Ministério Público Federal no estado.

    Com convocações em 20 estados, também foram registrados atos em Brasília, Porto Alegre e Salvador. Na capital baiana, cerca de 80 pessoas se reuniram em frente ao Farol da Barra e entoaram gritos contra ministros do STF e o ex-presidente Lula, solto nesta sexta. No RS, centenas se concentraram na Avenida Goethe, no bairro Moinhos de Vento, tradicional palco de protestos de grupos de direita.

    Sem caminhões de som e com muito menos gente do que em protestos anteriores, geralmente realizados aos domingos, os manifestantes se reuniram na Praça da Liberdade, na capital mineira. O aposentado Geraldo Teixeira, 76 anos, mostrava um cartaz com a frase “STF câncer do Brasil”. “Muitas pessoas estão indignadas, mas não mostram que estão indignadas”, disse Teixeira.

    Continua após a publicidade

    O coordenador do Vem pra Rua em Minas, Max Fernandes, classificou a decisão do STF de “grave retrocesso”. “A decisão do STF sobre a derrubada da prisão após condenação em segunda instância foi um duríssimo golpe no peito dos brasileiros. Para nós, o fim da prisão após segunda instância é um grave retrocesso. Ficará para nós a perda de credibilidade e a sensação de impunidade, principalmente de réus ricos e poderosos”.

    Fernandes frisou, entretanto, que o movimento é contra intervenções ou “golpe no STF”. “Defendemos o estado democrático de Direito”, afirmou. O coordenador do Vem pra Rua afirmou que a manifestação deste sábado poderia ser menor pelo fato de um outro protesto ter sido realizado na terça-feira, antes da decisão do STF.

    No Recife, os manifestantes ocuparam uma quadra da via em caminhada de um quilômetro desde a Padaria Boa Viagem até o Segundo Jardim. “Estou aqui pela PEC 410 e apoiando o pacote anticrime do (Sérgio) Moro. Viemos hoje não pelo presidente, mas pela nação, para acabar com essa safadeza do STF de ter soltado os bandidos”, disse a cobradora de ônibus Isabela Regina, de 34 anos, em movimento pró-Bolsonaro. 

    Já a psicóloga Sheyla Paes, de 40, afirmou que começou a frequentar protestos em Boa Viagem pelo impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff e que, desta vez, se revoltou com decisão do Supremo. “Eu apoio o evento, apoio Bolsonaro, a PEC, a intervenção militar, porque chegou numa situação que é tudo ou nada, não tem meio termo”, ressaltou.

    (com Estadão Conteúdo)

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Semana Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    Apenas 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

    a partir de 35,60/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.