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Candidatos à Presidência ironizam carta de FHC

Presidenciáveis se encontraram em debate promovido pela TV Aparecida nesta quinta-feira (20)

Por Denise Chrispim Marin Atualizado em 4 jun 2024, 17h09 - Publicado em 20 set 2018, 22h17

A carta aos brasileiros do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, divulgada hoje (20), provocou reação entre candidatos à Presidência da República pouco antes do início do debate da TV Aparecida. Alvaro Dias (Podemos) e Guilherme Boulos (Psol) indicaram não ter aprovado a sugestão o líder tucano de reunir as candidaturas “que não apostam em soluções extremas”.

Boulos reagiu de forma figadal diante da proposta de FHC de neutralizar os concorrentes mais extremistas: “Quem trabalha com o ódio no Brasil é o Fernando Henrique Cardoso e o PSDB”, declarou.

Alvaro Dias fez uma contraposta: a renúncia preliminar do candidato do PSDB, Geraldo Alckmin, e a oportunidade a outra alternativa. Não chegou a mencionar a si mesmo como esse plano B. “O PSDB vem perdendo do PT desde 2002”, constatou.

Na entrada do Centro de Eventos do Santuário de Aparecida, os candidatos Ciro Gomes (PDT), Fernando Haddad (PT) e Marina Silva (Rede) preferiram não se aproximar da imprensa. O debate tende a ser marcado por ataques ao candidato petista, que disparou nas últimas pesquisas de opinião.

O candidato na liderança das pesquisas, Jair Bolsonaro (PSL), não esteve presente — ele está hospitalizado após facada sofrida em Juiz de Fora (MG), em 6 de setembro. Mas foi alvo até mesmo antes de o debate começar. Henrique Meirelles (MDB) criticou especialmente a proposta de Paulo Guedes, economista-chefe da campanha do candidato do PSL, de adotar novamente a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). A projeto acabou desautorizado pelo próprio Bolsonaro, que, do hospital, ligou para seu assessor para pedir explicações.

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“Esse imposto é um equívoco. É ineficiente e pune os pobres, encarece os produtos. Sou contra”, afirmou o emedebista. “Lamento que o Brasil não possa debater essa proposta com Bolsonaro”, completou, referindo-se à ausência do candidato no Santuário de Aparecida.

Meirelles insistiu que estará no segundo turno, apesar de a última pesquisa de opinião, do Datafolha, ter apontado apenas 2% das intenções de voto para o emedebista. Apresentou-se como o candidato que o país precisa, “equilibrado, de centro, que não proponha o confronto”. Chamou Bolsonaro de “incompetente em economia” e se referiu ao candidato em segundo lugar no Datafolha, Fernando Haddad, como o restaurador das políticas que levaram o país à crise e como um “fracassado como prefeito de São Paulo”.

Perdão

Alvaro Dias pediu perdão, logo na entrada do debate, aos correligionários de Jair Bolsonaro por ter dito que o candidato do PSL estava “politicamente morto”. Em vídeo divulgado pelas redes sociais, eleitores de Bolsonaro agrediram verbalmente o candidato do Podemos durante uma de suas campanhas. Dias afirmou ter respondido a uma “provocação descabida na hora errada e da forma errada”.

“Eu disse que ele era um quase morto politicamente, porque não vence de ninguém no segundo turno”, afirmou. “Mas peço perdão.”

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