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Cai o diretor responsável por presídios de segurança máxima

Agentes atribuem demissão ao empenho do dirigente por melhores condições de trabalho para a categoria; Ministério da Justiça tratou troca como algo "normal"

Por Ricardo Chapola
Atualizado em 9 Maio 2023, 17h43 - Publicado em 9 Maio 2023, 13h52

A secretaria executiva do Ministério da Justiça e Segurança Pública encaminhou nesta terça-feira, 9, a demissão do diretor do sistema penitenciário federal, Cristiano Tavares Torquato, responsável por administrar as cadeias de segurança máxima onde estão presos líderes de facções criminosas, como os do Primeiro Comando da Capital (PCC).

A exoneração de Torquato deve ser publicada no Diário Oficial da União nesta semana. O substituto será Marcelo Stona, o número 2 da secretaria.

A diretoria na qual Torquato estava lotado é vinculada à Secretaria Nacional de Serviços Penais, comandada por Rafael Velasco Brandani, antigo subsecretário de administração Penitenciária do Maranhão na época em que Flávio Dino, atual ministro da Justiça, era governador do estado.

Auxiliares do Ministério da Justiça contaram que Torquato já foi comunicado sobre a demissão. Muitos atribuem sua saída ao fato de ter sido defensor da valorização da carreira dos agentes penitenciários, uma bandeira que, segundo relatos, enfrentaria resistência por parte de Brandani.

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“É estranho. Ficamos atônitos, porque Torquato vinha desenvolvendo um ótimo trabalho. Era um diretor alinhado ideologicamente ao governo Lula. Ele também tinha apoio da categoria. Em menos de 60 dias, fez uma mudança significativa no departamento, ao nomear a primeira mulher para chefiar uma penitenciária federal, que era um pedido do presidente Lula”, afirmou Varlei Ferreira, vice-presidente do Sindicato dos Policiais Penais Federais do Distrito Federal.

Em nota, a Secretaria Nacional de Políticas Penais explicou que a exoneração é “uma medida normal”, já que Torquato ocupava um cargo em comissão. Apontou no texto que a decisão foi tomada após “avaliação cuidadosa e considerando as necessidades e metas” do órgão.

“Essa é uma medida normal em qualquer organização, onde ajustes de curso são necessários para a consolidação das equipes”, informou a secretaria. “A intenção não é fazer uma defesa, mas sim garantir que o trabalho continue avançando nos trilhos”, pontuou.

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