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Brasil não precisa de ‘heróis’, diz Toffoli em BH

Declaração do presidente do STF em evento com juízes ocorre no momento em que a Corte é alvo de críticas do Ministério Público

Por Estadão Conteúdo Atualizado em 19 mar 2019, 17h24 - Publicado em 19 mar 2019, 16h25
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  • O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, afirmou na noite desta segunda-feira, 18, em Belo Horizonte (MG), que o combate à criminalidade no país não se faz com “heróis”, mas com as instituições. O ministro participou do seminário “Macrocriminalidade – Desafios da Justiça Federal”, organizado pela Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe). Segundo ele, a magistratura tem obrigação de inibir “excessos”.

    As declarações foram dadas no momento em que Supremo é alvo de críticas de integrantes do Ministério Público por causa da decisão de fixar a competência da Justiça Eleitoral para julgar casos de caixa dois que tenham sido cometidos em conexão com crimes comuns, como corrupção e lavagem de dinheiro.

    “Não podemos criar ódios entre nós, mas excessos não serão admitidos. Canalhices e cretinices, como disse o (ministro do STF) Gilmar Mendes, não podem ser admitidas, e as senhoras e os senhores, os juízes, têm de impedir que excessos sejam cometidos. Porque somos os moderadores da sociedade. Nós é que temos que ser os prudentes”, afirmou Toffoli. “O que não pode haver é excesso ou heróis. Não é a ação de heróis que resolve. São as instituições”, acrescentou ele.

    Toffoli, dirigindo-se aos juízes presentes, afirmou que, “ao aceitar ilação contra o STF, as senhoras e os senhores estarão se olhando no espelho e se derretendo”. Ao mesmo tempo em que rebatia as críticas, Toffoli, ao longo do discurso, afirmou sempre ter sido um defensor do Ministério Público e dos aprimoramentos feitos em sua estrutura.

    ‘Debate crítico’

    Sem citar diretamente os autores dos ataques, o ministro disse ainda não ver problemas em críticas ao STF. “O debate crítico é próprio da democracia. Pode-se concordar ou discordar de uma decisão judicial, todavia, afrontar, agredir, agravar o Judiciário ou seus membros é atacar o estado democrático de direito”. Na semana passada, Toffoli anunciou a abertura de inquérito para apurar fake news e ofensas contra integrantes do STF. Conforme o ministro, “os heróis passam”.

    Toffoli disse que no Brasil existe segurança jurídica. “Temos a melhor Justiça do mundo. Ninguém julga tantos processos como nós. E nós damos conta”, afirmou. “Não há democracia sem imprensa livre e Judiciário independente.”

    Antes do início do seminário, cerca de vinte pessoas fizeram protesto contra o STF em frente ao hotel onde o encontro foi realizado. A manifestação partiu do Movimento Vem pra Rua.

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