O presidente Jair Bolsonaro (PSL) foi submetido a tratamento com antibióticos de amplo espectro após apresentar elevação da temperatura corporal, que chegou a 37,3°C, e alteração de alguns exames laboratoriais, com aumento de leucócitos, na noite de domingo 3. As variações podem indicar processo infeccioso, segundo o porta-voz da presidência, Otávio do Rêgo Barros.
O presidente está internado na unidade de cuidados semi-intensivos do Hospital Albert Einstein, em São Paulo, onde há uma semana passou por cirurgia para retirar a bolsa de colostomia.
Diante do quadro de saúde de Bolsonaro, a previsão de alta foi adiada. Como os antibióticos precisam ser ministrados por sete dias, ele deve permanecer no hospital por mais esse período, segundo o porta-voz. A princípio, o presidente deixaria o hospital entre quarta-feira, 6, e quinta, 7. Rêgo Barros ressaltou, contudo, que ainda não se cogita novo afastamento de Bolsonaro da Presidência, o que abriria espaço para o vice, general Hamilton Mourão, assumir o cargo.
Conforme o boletim divulgado pelo hospital, exames de imagem mostraram uma “coleção líquida” (presença de líquido onde normalmente é incomum encontrá-lo) ao lado do intestino, na região da antiga colostomia. Jair Bolsonaro foi submetido a uma punção guiada por ultrassonografia e permanece com dreno no local. Ainda conforme o boletim, o presidente está sem dor e sem febre. Ele permanece em jejum oral, com sonda nasogástrica e nutrição endovenosa.
Uma evolução nos movimentos intestinais foi citada no boletim médico, que informou dois episódios de evacuação de Bolsonaro.
O pesselista segue realizando exercícios respiratórios e de fortalecimento muscular no quarto. Por ordem médica, as visitas permanecem restritas. Bolsonaro está acompanhando da primeira-dama, Michelle, e do filho Carlos Bolsonaro.
Segundo o porta-voz do Planalto, o presidente continua em repouso e tem evitado despachos. Para os próximos dias, não estão agendados compromissos oficiais.