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Bolsonaro: “Quem vai reparar toda a injustiça contra o Anderson?”

Ex-presidente, que também é investigado pelo 8 de Janeiro, se manifestou sobre o pedido de arquivamento do inquérito civil contra ex-ministro

Por Hugo Marques Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 7 Maio 2024, 17h36 - Publicado em 1 fev 2024, 10h18

O ex-presidente Jair Bolsonaro se manifestou há pouco sobre o arquivamento do inquérito civil que apurava a responsabilidade do ex-ministro da Justiça Anderson Torres pela invasão e depredação dos prédios do Palácio do Planalto, do Congresso e do Supremo Tribunal Federal.

“Quem vai reparar toda a injustiça que foi feita contra o Anderson?”, perguntou o ex-presidente, instantes após o site de VEJA revelar a decisão da Procuradoria-Geral da República que determinou o arquivamento da investigação.

Anderson Torres ficou preso preventivamente em um quartel da Polícia Militar do DF por quatro meses.  Libertado, ele usa tornozeleira eletrônica e precisa se apresentar periodicamente à justiça.

Dois dias antes da invasão dos prédios públicos, Anderson tinha viajado com a família de férias para os Estados Unidos.

O caso foi conduzido pela equipe do procurador  Carlos Henrique Martins Lima, que analisou as provas reunidas contra Anderson e concluiu que não houve dolo na conduta do ex-ministro. “Embora seja possível apontar alguma falha no serviço de inteligência dos órgãos de segurança pública, que não foram capazes de identificar previamente o intuito dos manifestantes, ou apontar algum erro no fluxo de informações, não se verifica, em relação a Anderson Torres, uma conduta intencional de facilitar os atos criminosos”, escreveu o procurador.

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Na decisão, Carlos Henrique ressalta que nos dias anteriores à invasão as informações que circularam dentro dos órgãos de segurança apontavam “baixa adesão ao movimento”. Além disso, ele entendeu que houve “repentina mudança no perfil dos participantes” na véspera do quebra-quebra, diferente do “caráter ordeiro dos acampados nos meses anteriores”.

O procurador, então, conclui: “Percebe-se que o secretário de segurança pública não teve meios suficientes para impedir as graves consequências das invasões do dia 08/01/2023”.

O ex-ministro continua sendo investigado no âmbito criminal, numa ação que tramita no Supremo Tribunal Federal sob a relatoria de Alexandre de Moraes.

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