Bolsonaro não menciona Lula, mas Ciro Nogueira confirma transição
Presidente faz discurso breve no qual não insulta manifestações de caminhoneiros, tampouco cumprimenta presidente eleito
Depois de mais 40 horas de espera, o presidente Jair Bolsonaro finalmente quebrou o silêncio depois da derrota nas urnas para o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, do PT. Lotada de expectativas, a montanha pariu um rato. Bolsonaro não fez qualquer menção a Lula e agradeceu pelos 58 milhões de votos que recebeu. No discurso de pouco mais de dois minutos, o presidente disse ainda que os movimentos de grupos radicais são “fruto de indignação pela condução do processo eleitoral” e que “os métodos não podem envolver o cerceamento do direito de ir e vir”. Ele não cumprimentou Lula ou foi enfático ao demover os atos golpistas, mas não insuflou o movimento com seu discurso. Logo depois, o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, assumiu o púlpito do Palácio da Alvorada afirmou que Bolsonaro autorizou o início do processo de transição e que o nome do vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin, deve ter seu nome confirmado na quinta-feira como coordenador desse processo.