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Bolsonaro manterá neutralidade nas disputas estaduais para não perder voto

A exceção será o Estado de Roraima, onde um dos concorrentes, Antonio Denarium, é do PSL

Por Da Redação Atualizado em 9 out 2018, 18h41 - Publicado em 9 out 2018, 18h05
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  • O candidato do PSL à Presidência da República Jair Bolsonaro afirmou nesta terça-feira, 9, que vai ficar neutro nas disputas a governos estaduais no segundo turno para não atrapalhar seu desempenho na votação final contra o adversário petista, Fernando Haddad.

    Em entrevista à rádio Jovem Pan, o capitão reformado do Exército afirmou que a exceção será em Roraima, estado em que o candidato do PSL, Antonio Denarium, vai disputar contra o tucano José de Anchieta o governo local. Ele disse que vai ficar neutro até na disputa de Santa Catarina, local em que o candidato do seu partido, Comandante Moisés, concorre ao governo estadual contra Gelson Merísio (PSD), que também é seu apoiador.

    “Nos demais estados nós ficaremos neutro, inclusive em Santa Catarina. Se eu assumir um lado, eu vou ter problema do outro, vai cair a votação”, disse.

    O candidato do PSL agradeceu o apoio público do candidato ao governo de São Paulo, João Doria (PSDB). Ele frisou, no entanto, que ainda não viu uma manifestação do adversário do tucano na disputa paulista, o atual governador Márcio França (PSB). Ele disse que não quer “briga” com apoiadores dos dois lados.

    Nesta segunda-feira, 8, Major Olímpio, senador eleito por São Paulo e coordenador de campanha de Bolsonaro no estado, afirmou que não há a “menor chance” de o presidenciável do PSL apoiar o tucano João Doria. “Neutralidade. Temos objetivo maior que é a eleição de Bolsonaro, não vamos entrar nessa briga doméstica aqui em São Paulo”, disse Olimpio. No começo deste mês, Major Olímpio gravou um vídeo, no qual afirma que “bolsonaristas não votam em Doria”.

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    Lula

    Bolsonaro usou a entrevista para criticar duramente o adversário do PT. Disse que, não fosse por determinação médica, debateria por até dez horas com Haddad. Nesta quarta-feira,10, o candidato do PSL será reavaliado por uma junta médica do hospital Albert Einstein.

    Na entrevista, o capitão reformado do Exército fez questão de destacar que o petista não vai governar e será tutelado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que está preso em Curitiba.

    “Tem que mostrar que quem vai mandar no governo é o Lula, e aqueles todos que afundaram o Brasil na ética, na moral, na economia vão voltar para o poder”, afirmou. Ele acrescentou que o ex-prefeito de São Paulo não terá poder para indicar “nem o chefe da faxina, quem vai indicar vai ser o Lula”. “Não podemos ter um cara desse na Presidência, imagine a vergonha junto ao mundo de ter um cara, padrão do Haddad, que toda semana se consulta com um presidiário”, disse.

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    Resultado das eleições

    Depois de declarações suas que punham em dúvida a lisura do processo de votação, Bolsonaro afirmou na entrevista que acredita na democracia e que respeitará o resultado das urnas.

    “Ninguém teve uma votação tão maciça como eu tive”, acrescentou. No domingo (7), o candidato do PSL teve quase 50 milhões de votos, mas não conseguiu a maioria absoluta dos votos válidos e terá que enfrentar o petista Fernando Haddad no segundo turno, no fim do mês. Em 2006, no primeiro turno, o ex-presidente Lula recebeu pouco mais de 46 milhões de votos, enquanto sua sucessora, Dilma Rousseff, foi escolhida por mais de 47 milhões de eleitores, em 2010.

    (com Reuters)

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