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Bolsonaro faz discurso de campanha e ataca corrupção do PT

Sabemos que temos pela frente uma luta do bem contra o mal, afirmou o presidente em referência ao adversário Lula

Por Laryssa Borges, Ricardo Chapola
Atualizado em 7 set 2022, 17h04 - Publicado em 7 set 2022, 12h21

Contrariando em parte expectativas de que dificilmente iria conter menções mais ácidas ao Supremo Tribunal Federal (STF), a quem tem destilado ataques cada vez que se sente politicamente acusado, o presidente Jair Bolsonaro (PL) moderou uma parcela do discurso contra a Suprema Corte nas celebrações do bicentenário do Dia da Independência – embora tenha mantido estocadas e críticas à Corte e referências às “quatro linhas da Constituição” –e optou por centrar a artilharia nos governos do PT e em focos de corrupção protagonizadas por seu principal adversário, o ex-presidente Lula (PT). Em forte tom de campanha, o que pode levá-lo a perturbações jurídicas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Bolsonaro disse que trava uma “luta do bem contra o mal” e afirmou que oponente e seus apoiadores “não voltarão”.

“Somos uma pátria majoritariamente cristã que não quer a liberação das drogas, que não quer a legalização do aborto (…) e que combate a corrupção para valer. Isso não é virtude, é obrigação de qualquer chefe do Executivo. Sabemos que temos pela frente uma luta do bem contra o mal, um mal que perdurou por 14 anos, que quase quebrou a nossa pátria e que agora deseja voltar à cena do crime. Não voltarão, o povo está do nosso lado, o povo está do lado do bem, o povo sabe o que quer”, discursou.

Interrompido por gritos de apoio em um gramado repleto de apoiadores, Bolsonaro pausou o discurso para ouvir em uníssono – “Lula, ladrão, seu lugar é na prisão” – que boa parte dos presentes na Esplanada dos Ministérios entoava. Na sequência, não se furtou em falar da proximidade com o segundo turno e pediu que seus eleitores convençam outros brasileiros do que, segundo ele, “é melhor para o nosso Brasil”. “A vontade do povo se fará presente no próximo dia 2 de outubro. Vamos todos votar, vamos convencer aqueles que pensam diferente de nós, vamos convencê-los do que é melhor para o nosso Brasil”, disse.

Seguindo em parte a instrução de conselheiros próximos, como o ministro da Casa Civil Ciro Nogueira, que articularam nas últimas semanas uma tentativa de distensionar a relação do Executivo com o STF, em especial com o ministro Alexandre de Moraes, relator de inquéritos que acossam a família presidencial, Jair Bolsonaro fez menções à Corte e à necessidade de autoridades jogarem “dentro das quatro linhas da Constituição”, mas não atacou ou xingou diretamente nenhum dos magistrados.  Ao contrário de 2021, quando emparedou o presidente do STF Luiz Fux e o próprio Moraes, desta vez o mandatário optou por um tom já adotado em outros discursos ao longo do país. Ele disse que, em seu governo, os brasileiros conheceram o que é o STF, instituição com quem o presidente protagonizou inúmeros desentendimentos desde que o primeiro ano de governo, e declarou que “podem ter certeza: é obrigação de todos jogarem dentro das quatro linhas da nossa Constituição. Com uma reeleição, nós traremos para dentro dessas quatro linhas todos aqueles que ousam ficar de fora dela”.

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“Hoje todos sabem quem é o poder Executivo. Hoje todos sabem o que é Câmara dos Deputados. Todos sabem o que é o Senado Federal. E também todos sabem o que é o Supremo Tribunal Federal””, completou.

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