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Bolsonaro diz que Constituição é ‘norte’ e prega união entre os poderes

Presidente eleito participou de sessão solene do Congresso Nacional em homenagem aos trinta anos da Carta Magna de 1988

Por Guilherme Venaglia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 6 nov 2018, 15h01 - Publicado em 6 nov 2018, 12h07

O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) participou, na manhã desta terça-feira, 6, de uma sessão solene do Congresso Nacional em homenagem aos trinta anos da Constituição de 1988. Em um breve discurso, ele pregou a união dos poderes e prometeu adotar a Constituição como “único norte” na condução do Executivo pelos próximos quatro anos.

“Na topografia existem três nortes: o da quadrícula, o verdadeiro e o magnético. Mas na democracia, só um norte, que é o da nossa Constituição”, disse Bolsonaro. “A união de nós, que no momento estamos ocupando cargos-chave na República, pode sim mudar o destino dessa grande nação”, completou.

Além de Bolsonaro, falaram durante o encontro o presidente Michel Temer (MDB), os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, e a procuradora-geral da República, Raquel Dodge.

Cotado para se reeleger para o comando da Câmara, Maia acenou ao presidente eleito, dizendo que Constituições “mudam para permanecer” e que a brasileira precisa, entre outras coisas, de emendas em relação ao sistema previdenciário e às políticas de segurança pública, pautas defendidas por Bolsonaro.

Esse foi o primeiro compromisso da agenda do presidente eleito, ainda deputado federal, em sua ida a Brasília. É também a primeira viagem de Bolsonaro após a vitória nas urnas no dia 28 de outubro. Nesta quarta-feira, 7, ele terá uma reunião com Temer tendo em pauta a possibilidade de aprovar alguma parte da reforma da Previdência ainda em 2018.

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Magno Malta

Na chegada para um almoço com o ministro da Defesa, o general Joaquim Silva e Luna, Bolsonaro falou sobre a situação do senador Magno Malta (PR-ES), cotado para assumir uma pasta em seu governo. O presidente eleito afirmou que não faria nenhum tipo de anúncio porque só falará quando não houver possibilidade de mudanças, mas lembrou que Malta foi sua primeira opção para ser candidato a vice-presidente e que “não pode prescindir” de ter o político em seu governo.

A expectativa inicial era que o senador fosse uma liderança do governo Bolsonaro no Legislativo, mas Magno Malta não se reelegeu, terminando em terceiro lugar, atrás dos senadores eleitos Fabiano Contarato (Rede) e Marcos do Val (PPS).

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