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Bolsonaro cita ‘momentos difíceis’ e diz que ‘história pode se repetir’

Presidente entoa discurso para energizar apoiadores às vésperas do primeiro turno das eleições

Por Laryssa Borges Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 7 set 2022, 11h25

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quarta-feira, em mensagem em razão dos 200 anos de Independência do Brasil, que o país passou por “momentos difíceis” e disse que a população que participa do desfile cívico-militar em Brasília e de comemorações em todo o país está indo festejar “uma eternidade de liberdade”. Ele listou episódios turbulentos da história recente do país, como a ruptura democrática vinda do golpe de 1964, o ano do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff e o próprio ano em que foi alvo de um atentado e venceu a disputa presidencial antes de afirmar a apoiadores que “a história pode se repetir”. A retórica do mandatário, feita em pronunciamento no Palácio da Alvorada, repete o entendimento proferido a seus apoiadores de que o país estaria sob algum tipo de risco e que os eleitores que sustentam seu governo devem considerar que “o que está em jogo é a nossa liberdade, é o nosso futuro.

“Quero dizer que o brasileiro passou por momentos difíceis, a história nos mostra. 22, 35, 64, 16, 18 e agora, 22. A história pode repetir. O bem sempre venceu o mal. E a população sabe que ela é aquela que nos dá o norte para nossas decisões. Brasil acima de tudo, Deus acima de todos”, declarou. Em 1922, por exemplo, a Revolta dos 18 do Forte atentou contra o mandato do então presidente Epitácio Pessoa. Em 1935, a Intentona Comunista articulou um golpe contra o governo de Getúlio Vargas.

Pesquisa divulgada nesta quarta-feira pela Genial/Quaest identifica a relação entre o candidato escolhido pelo eleitor e sua interpretação sobre os atos de Sete de Setembro. Em linhas gerais, 56% dos brasileiros concordam que o chamamento pelos protestos tumultua as eleições e 33% dizem ser um direito do chefe do Executivo. Quando o recorte é feito entre lulistas e bolsonaristas, por exemplo, o cenário se altera consideravelmente.

De acordo com o levantamento, 77% que dizem que irão votar no ex-presidente Lula (PT), por exemplo, consideram que os protestos convocados pelo presidente para o dia de hoje tumultuam o processo eleitoral, enquanto 13% dos apoiadores lulistas dizem ser um direito no mandatário. Entre apoiadores bolsonaristas, 64% acreditam que é um direito dele convocar as manifestações vinculadas ao Dia da Independência – 26% opinaram que esse chamamento tumultua.

Considerado ponto crucial para a campanha à reeleição de Jair Bolsonaro demonstrar força eleitoral às vésperas do primeiro turno, o desfile cívico-militar em Brasília tem sido marcado pela ausência de autoridades que, pelo cargo que ocupam, invariavelmente estariam ao lado do mandatário na tribuna de honra presidencial. Não compareceram aos atos, por exemplo, os presidentes do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux, do Senado, Rodrigo Pacheco, e da Câmara dos Deputados Arthur Lira. Em contraposição, ocupou posição de destaque – por vezes ao lado de Bolsonaro no desfile – o empresário Luciano Hang, investigado na Suprema Corte por ataques às instituições e propagação de fake news e recentemente alvo de buscas por participar em um grupo de WhatsApp de discussões sobre a possibilidade de um golpe militar.

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