O presidente Jair Bolsonaro criticou o espaço dado pela imprensa à ativista ambiental sueca Greta Thunberg, de 16 anos, que criticou o assassinato de dois índios guajajaras no Maranhão no sábado 7, e a chamou de “pirralha”. “A Greta já falou que os índios morreram porque estavam defendendo a Amazônia. É impressionante a imprensa dar espaço para uma pirralha”, afirmou a jornalistas na saída no Palácio da Alvorada na manhã desta terça-feira, 10.
Greta afirmou, no domingo 8 que os povos indígenas estão sendo assassinados por tentar proteger as florestas. “É vergonhoso que o mundo permaneça calado sobre isso”, escreveu a ambientalista, compartilhando uma notícia sobre as mortes dos índios.
Bolsonaro foi questionado por jornalistas se estava preocupado com os assassinatos dos indígenas. Ao responder, ele pediu ajuda para lembrar o nome da jovem ativista, para citar a declaração feita por ela sobre as mortes. Em seguida, o presidente respondeu que “qualquer morte preocupa” e que seu governo deseja “cumprir a lei”.
Logo após a declaração de Bolsonaro, Greta alterou sua conta no Twitter em uma possível provocação ao presidente (veja abaixo).
Os indígenas da etnia Guajajara foram assassinados no município de Jenipapo dos Vieiras, que fica a 506 km ao sul de São Luís, no Maranhão. O local fica próximo à rodovia BR-226, entre as aldeias Boa Vista e El Betel. Firmino Guajajara e Raimundo Belnício Guajajara foram mortos por tiros disparados de um carro, segundo testemunhas.