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Bolsonaro avança entre os de maior renda, mas pena entre os mais pobres

Presidente aposta no novo Bolsa Família para turbinar a aprovação ao governo entre quem ganha até dois salários mínimos. Hoje, ela é de apenas 21%.

Por Daniel Pereira Atualizado em 4 ago 2021, 09h14 - Publicado em 4 ago 2021, 08h00
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  • Pesquisa da Quaest Consultoria encomendada pela Genial Investimentos mostra que a avaliação do governo Bolsonaro está estável. De 1.500 entrevistados entre os dias 29 de julho e primeiro de agosto, 44% consideram a gestão negativa, e apenas 26% positiva. Os números são os mesmos da rodada anterior, realizada no início do mês passado. A margem de erro é de três pontos percentuais.

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    Apesar da estabilidade no quadro geral, houve mudança na composição da aprovação ao governo. A avaliação positiva passou de 27% para 41% entre quem ganha mais de cinco salários mínimos. Já a negativa caiu de 45% para 36% nesse mesmo estrato. Entre quem ganha até dois salários mínimos, a reprovação passou de 46% para 49%, dentro da margem de erro. “Os estratos de renda mais alta voltaram a apoiar o presidente, mas como eles são numericamente menores o efeito na avaliação geral é marginal”, diz o cientista político Felipe Nunes, diretor da Quaest.

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    Novo chefe da Casa Civil, o senador Ciro Nogueira diz que Jair Bolsonaro (sem partido) retomará o favoritismo para conquistar a reeleição caso a aprovação a sua administração volte, pelo menos, à casa de 40%. Os governistas acreditam que a recuperação da economia e o avanço da vacinação contra a Covid-19 ajudarão o presidente a ganhar terreno. Outra aposta é justamente na ampliação do Bolsa Família, que deve ter aumento tanto no número de beneficiários quanto no valor do benefício, que deve ser dobrado.

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    “O desafio continua sendo conquistar os mais pobres. Isso só acontece se o governo convencer mais gente que a economia vai melhorar”, afirma Nunes. A pesquisa traz um bom parâmetro para Bolsonaro. Quando perguntados sobre a expectativa para a economia nos próximos 12 meses, 50% dos entrevistados responderam que ela vai melhorar, enquanto 24% afirmaram o contrário. O otimismo é preponderante. Se ele não for frustrado, o mandatário tende a ganhar fôlego. O contrário, no entanto, pode minar as chances de reeleição.

    Hoje, a situação de Bolsonaro não é das mais confortáveis. Ele está em segundo lugar nas intenções de voto, atrás do ex-presidente Lula (PT). O petista lidera nos seis cenários de primeiro turno apresentados aos entrevistados. Em todos eles, atinge um percentual igual à soma das intenções de voto dos outros pré-candidatos, considerada a margem de erro. Essa situação significa que o petista poderia até vencer no primeiro turno caso a eleição fosse realizada hoje. Nunes não acha isso provável: “Muito difícil o Lula ganhar no primeiro turno. Ele está no seu teto”.

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    Pesquisa Quaest Consultoria
    (Reprodução/Reprodução)

    A pesquisa mostra que, além dos dois favoritos, três nomes cotados para concorrer à Presidência atingem 10% de preferência e, portanto, têm potencial para tentar romper a polarização entre Lula e Jair Bolsonaro. São eles: o eterno presidenciável Ciro Gomes (PDT), o ex-ministro Sergio Moro (sem partido) e o apresentador José Luiz Datena (PSL). O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), continua sem deslanchar, assim como seu colega de partido Eduardo Leite, governador do Rio Grande do Sul, e o ex-ministro Henrique Mandetta (DEM)

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    No cenário considerado mais provável até agora, Lula tem 44%, Bolsonaro 29%, Ciro 10% e Doria 5%. Há um empate entre o petista e os rivais somados. Lula aparece numericamente atrás — mas numa situação de empate técnico, considerada a margem de erro — nos cenários em que Doria dá lugar a Moro ou a Datena. Nestes dois casos, o petista soma 44%, antes 47% dos demais (ver quadro). Nas simulações de segundo turno, o ex-presidente vence Bolsonaro por ampla vantagem: 54% a 33%.

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    A pesquisa também ratifica que há espaço para a construção de uma terceira via competitiva. Isso fica claro nas intenções de voto espontâneas, nas quais os indecisos alcançaram 56% e ficaram em primeiro lugar, superando Lula (23%), Bolsonaro (18%) e Ciro Gomes (1%). “Pode haver grandes mudanças no quadro a depender da articulação da terceira via e dos resultados econômicos”, declara Nunes.

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