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Bolsonaro ataca esquerda em rede social; na TV, prega conciliação nacional

Presidente eleito adotou tons distintos ao falar a públicos diferentes. Em ambos, falou em fazer um governo constitucional e democrático

Por João Pedroso de Campos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 29 out 2018, 01h50 - Publicado em 28 out 2018, 21h27
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  • Em seus dois primeiros discursos após ser eleito o 38º presidente da República da história do Brasil, Jair Bolsonaro (PSL) empregou tons distintos a públicos diferentes. No primeiro deles, transmitido ao vivo no Facebook a seus seguidores, Bolsonaro manteve o tom belicoso contra a esquerda e a imprensa. Em seguida, no “discurso da vitória”, veiculado também ao vivo por emissoras de televisão, o presidente eleito adotou retórica mais conciliadora. Em ambos, falou em governar com respeito à democracia e à Constituição.

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    “Não poderíamos mais continuar flertando com o socialismo, com o comunismo, com o populismo e com o extremismo da esquerda”, afirmou no Facebook o pesselista, que reclamou de ter sido colocado “muitas vezes próximo de uma situação vexatória” em reportagens da “grande mídia”.

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    Na fala transmitida pela TV, o presidente eleito declarou que “não existem brasileiros do Sul e do Norte, somos todos um só país, uma só nação, uma nação democrática”. Ele se disse um “defensor da liberdade” em um “Brasil de diversas opiniões, cores e orientações”. “Liberdade é um princípio fundamental. Liberdade de ir e vir, andar nas ruas em todos os lugares desse país, liberdade de empreender, liberdade política e religiosa, liberdade de fazer, formar e ter opinião, liberdade de escolhas e ser respeitado por elas”, declarou.

    Ao ler seu discurso da vitória na televisão, ao contrário do pronunciamento na rede social, Jair Bolsonaro também acenou ao mercado e citou aspectos da política econômica que pretende implementar a partir de janeiro – seara em que se admite ignorante e que será delegada ao economista liberal Paulo Guedes. Bolsonaro falou em “compromisso” com “emprego, renda e equilíbrio fiscal” e citou reformas.

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    “Quebraremos o ciclo vicioso do crescimento da dívida, substituindo-o pelo ciclo virtuoso de menores déficits, dívida decrescente e juros mais baixos. Isso estimulará os investimentos, o crescimento e a consequente geração de empregos. O déficit público primário precisa ser eliminado o mais rápido possível e convertido em superávit, esse é o nosso propósito”, enumerou.

    A tinta tipicamente bolsonarista em meio ao discurso mais moderado recaiu sobre a política externa do futuro governo Bolsonaro. O presidente eleito falou em “libertar o Brasil e o Itamaraty das relações internacionais com viés ideológico a que fomos submetidos nos últimos anos”. O pesselista afirmou ainda que buscará “relações bilaterais com países que possam agregar valor econômico e tecnológico aos produtos brasileiros”.

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    Um ponto em comum entre os dois pronunciamentos foram as menções a Deus pelo presidente eleito. Aos internautas, foram cinco citações; aos telespectadores, quatro.

    “Nós fomos declarados vencedores desse pleito e o que eu mais quero é, seguindo ensinamentos de Deus e ao lado da Constituição brasileira (…), começar fazendo um governo a partir do ano que vem que possa colocar os nosso Brasil em um lugar destaque”, declarou Jair Bolsonaro no Facebook.  “Faço de vocês minhas testemunhas de que esse governo será um defensor da Constituição, da democracia e da liberdade. Isso é uma promessa não de um partido não é a palavra de homem, é um juramento a Deus”, disse na transmissão televisiva.

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    Ele ainda ressaltou, como costuma fazer, que buscou na Bíblia o lema de sua campanha – “conhecereis a verdade e a verdade os libertará”. O texto sagrado, disse o pesselista, é a “caixa de ferramentas para consertar o homem e a mulher”.

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