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Bolsonaristas esperavam apenas um sinal do ‘Messias’

Grupo acampado em frente ao QG do Exército tinha a esperança de que o presidente derrotado comandasse um golpe militar para impedir a posse de Lula

Por Leonardo Caldas
31 dez 2022, 18h54
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  • Bolsonaristas seguem acampados na espera de uma manifestação do presidente
    Bolsonaristas seguem acampados na espera de uma manifestação do presidente - (Leonardo Caldas/VEJA)

    Na semana anterior à posse de Lula na Presidência, bolsonaristas acampados em frente ao Quartel-General do Exército em Brasília se mantiveram em constante vigília na esperança de receberem um sinal do presidente em fim de mandato, Jair Messias Bolsonaro, para uma ação que impedisse a mudança de governo. O sinal veio na sexta-feira, 30, por meio de uma live, mas não como os “patriotas” esperavam.

    Em um tom moderado, Bolsonaro avaliou positivamente o seu governo, legitimou as manifestações de seus apoiadores, elogiou os acampamentos, que demonstrariam o amadurecimento da democracia brasileira, e lamentou uma suposta restrição da liberdade de expressão no país. Mas ele não incendiou seus seguidores mais fiéis como eles próprios gostariam.

    Desde a eleição, apoiadores mais radicais ficaram debaixo do sol e da chuva à espera de uma fala de Bolsonaro. Vindos de diferentes partes do Brasil, defendiam uma intervenção militar que garantisse a permanência do capitão no poder.  Foi em vão. Em Brasília, cerca de 300 manifestantes diziam durante os últimos dias que resistiriam até o final e só deixariam o QG do Exército caso Bolsonaro pedisse, o que não aconteceu.

    Gritos de guerra em apoio ao presidente derrotado, vigílias de oração e a propagação de fake news eram as principais ocupações dos manifestantes. Uma novidade na rotina foi a personalização de camisetas com mantras bolsonaristas, como: “Povo armado jamais será escravizado” e “Bolsonaro opressor de vagabundo”.

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    No acampamento a desinformação corria solta. “Prestem a atenção nas manobras militares que vocês vão entender que temos apoio mundial”, dizia um dos militantes na fila para o café da tarde – leite achocolatado e pão com mortadela. “Eduardo Bolsonaro não foi de graça ao Catar. Temos navios do país aportados em nosso litoral”, acrescentou.

    Ele desconhecia a verdadeira razão: os navios fazem parte de uma operação temporária de equipamentos, durante visita do xeique do Catar às cidades de Angra dos Reis, Armação dos Búzios, Arraial do Cabo, Rio de Janeiro e Brasília.

    Com informações desconexas e declarações apaixonadas por Bolsonaro, o grupo pretendia seguir acampado em Brasília até a próxima segunda-feira. Como o sinal do “Messias” foi diferente do imaginado, há dúvida se o cronograma será mantido.

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