Bebianno: Bolsonaro ‘não vai se meter’ na votação da presidência da Câmara
Novo ministro da Secretaria-Geral da Presidência também afirmou esperar que o liberalismo econômico seja implementado no novo governo
O novo ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gustavo Bebianno, afirmou a jornalistas na manhã desta quarta-feira que o presidente Jair Bolsonaro não indicará nomes para a presidência da Câmara dos Deputados e do Senado.
A posição do governo é não se meter para que o processo corra naturalmente.” Segundo o ministro, o atual governo “acredita na autonomia dos poderes” e que, em outros momentos, o resultado “não foi positivo” quando a Presidência da República indicou alguém.
Bebianno pretende usar a pasta como uma forma de modernizar o estado que, segundo ele, é “pesado”. “Visa a simplificação acima de tudo, modelos mais ágeis, eficientes, como na iniciativa privada”, explicou o ministro.
Durante a cerimônia de transmissão de cargos, Bebianno afirmou que espera que o liberalismo econômico seja implementado no novo governo. Aos jornalistas, disse que o modelo adotado para a administração das contas públicas “está ultrapassado”.
Perguntado sobre a possibilidade de diálogo com a oposição, Bebianno disse que o governo está sempre disposto a conversar, mas que “dificilmente o PT virá com um diálogo honesto, franco, no ponto de vista intelectual”.
Além do PT, o ministro também citou o PSOL. “As posições são sempre negativas, não visam os interesses na nação e, sim, do partido”, declarou.
Sobre a Reforma da Previdência, o ministro acredita que a melhor estratégia neste início de governo é tentar a aprovação da que foi desenhada pelo ex-presidente Michel Temer.