Com a candidatura ao governo do Rio de Janeiro barrada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com base na Lei da Ficha Limpa, o ex-governador Anthony Garotinho (PRP) declarou nesta sexta-feira (5) apoio ao senador Romário Faria (Podemos) na disputa pelo Palácio Guanabara.
“Eu decidi que, para que não seja prejudicado o processo político no Rio de Janeiro e acabar saindo vitorioso aquele que nós queremos votar, todos vocês que usaram comigo este 44, nós vamos colocar no nosso peito e no nosso coração e na urna o 19, o número do Romário”, declarou Garotinho, em uma transmissão ao vivo em seu perfil no Facebook assistida por cerca de 87.000 pessoas.
Ele alegou que tomou a decisão após ser alertado por seus advogados de que a chance de obter uma vitória no julgamento do recurso contra sua inelegibilidade, após a eleição, é “muito pequena”.
“Advogados acham que a chance de eu obter a vitória no recurso que será julgado após a eleição de domingo é muito pequena e há um risco. O risco é que esses votos que as pessoas desejam dar ao meu nome, eles caiam para voto nulo e isso favoreça o candidato de Sérgio Cabral, do grupo que destruiu o Estado do Rio de Janeiro”, declarou Anthony Garotinho, ao lado de sua mulher, a ex-governadora Rosinha Garotinho.
Com o apoio a Romário, o ex-governador procura transferir seus votos ao senador e, assim, evitar que os votos que recebesse sejam considerados nulos após o julgamento do recurso, o que, na sua visão, favoreceria o candidato do DEM, Eduardo Paes.
Conforme a pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta-feira 4, Paes tem 24% das intenções de voto e Romário, 16%. No último levantamento do instituto de pesquisas que considerou a candidatura de Garotinho, ele aparecia com 15% da preferência do eleitorado fluminense.
Em meio a críticas a Cesar Maia (DEM), líder das pesquisas de intenção de voto ao Senado pelo Rio de Janeiro, Anthony Garotinho também declarou apoio à reeleição do senador Lindbergh Farias (PT) e pediu votos a Eduardo Lopes (PRB), que disputa uma cadeira no Senado em sua chapa.
O ex-governador não se posicionou sobre a eleição presidencial por entender que Romário, caso eleito, precisará da colaboração do novo presidente para governar o Rio, que passa por uma grave crise fiscal, seja quem for eleito para o Palácio do Planalto.