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Assessora e ex-advogado de Flávio são alvos de operação contra Queiroz

Alessandra Esteves Marins está lotada em gabinete de apoio político. Luiz Gustavo Botto Maia atuou na defesa da campanha do senador em 2018

Por João Pedroso de Campos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 18 jun 2020, 12h13 - Publicado em 18 jun 2020, 08h28

Um dos alvos da Operação Anjo, que prendeu Fabrício Queiroz na manhã desta quinta-feira, 18, é Alessandra Esteves Marins, atual assessora do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ). Ela está lotada desde 2019 como “auxiliar parlamentar pleno” em um escritório de apoio político ao mandato dele, no Rio de Janeiro, com salário bruto de 8.996,28 reais.

Alessandra é investigada no esquema de “rachadinhas”, em que parte dos salários de servidores são desviadas, em função do período em que assessorou Flávio na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). Além dela, uma ex-assessora do senador na Alerj, Luiza Paes Souza, também é alvo da operação. Alessandra teria repassado 19 000 reais a Queiroz, enquanto Luiza, 155 000 reais. 

Além de Alessandra Marins, Luiza Souza e Fabrício Queiroz, foram alvos da operação conduzida pelos ministérios públicos de São Paulo e Rio de Janeiro Matheus Azeredo Coutinho, que é servidor da Alerj, e o advogado Luíz Gustavo Botto Maia, que atuou como advogado da campanha de Flávio Bolsonaro em 2018 e elaborou a prestação de contas à Justiça Eleitoral. 

Segundo o MPRJ, além da prisão de Queiroz, em Atibaia (SP), e de buscas em endereços relacionados a ele no Rio de Janeiro, a Justiça determinou mandados de busca e apreensão contra os outros investigados na ação, além de impor afastamento da função pública, comparecimento mensal em Juízo e proibição de contato com testemunhas.

Fabrício Queiroz foi preso em um imóvel do advogado Frederick Wasseff, que atua como defensor de Flávio e também do presidente Jair Bolsonaro.

No momento da prisão, Queiroz estava dormindo e foi surpreendido pelos policiais que arrombaram a porta. Ele disse que está doente e não pode ser preso. Queiroz está sendo encaminhado para o prédio do DHPP, no centro de São Paulo, onde será formalizado o mandado de prisão expedido pelo Ministério Público do Rio de Janeiro. Queiroz será mandado para o Rio ainda nesta quinta-feira.

A prisão ocorreu em uma operação coordenada a partir de investigações do Ministério Público do Rio com a Polícia Civil. Como mostrou o Radar, os investigadores apreenderam dois aparelhos de celular e muitos documentos que eram guardados por Fabrício Queiroz no imóvel de Atibaia.

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