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As eleições não pertencem a um poder só, diz AGU

Em reunião ministerial, Bruno Bianco fez a ponderação, mas ressalta que não citou nenhum ministro do TSE ou do STF e nem direcionou críticas aos magistrados

Por Laryssa Borges Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 8 jul 2022, 13h25 - Publicado em 8 jul 2022, 12h36
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  • Desde que assumiu a chefia da defesa dos interesses da União no Poder Judiciário, o advogado-geral Bruno Bianco é um algodão entre cristais. Há quase um ano no posto, ele atua para tentar distensionar a turbulenta relação entre o presidente Jair Bolsonaro e integrantes do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Como mostra a edição de VEJA que chega nesta sexta-feira às bancas e plataformas digitais, Bolsonaro quer utilizar sua conhecida desconfiança sobre a higidez do processo eleitoral e a segurança das urnas eletrônicas para insuflar o discurso de que o Exército está a postos para fazer uma auditoria no resultado da disputa presidencial – caso, claro, o próprio presidente não saia vitorioso em seu processo reeleitoral.

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    Neste contexto, Bianco tem mantido contato com ministros do STF para tentar pacificar a relação entre Executivo e Judiciário e manter aberto um canal de comunicação entre os dois poderes. Na reunião ministerial da terça-feira, 5, em que o presidente subiu mais uma vez o tom contra ministros de tribunais superiores, em especial os da Justiça Eleitoral, o titular da Advocacia-Geral da União disse ao presidente e aos demais integrantes do primeiro escalão do governo que “as eleições não pertencem a um poder só, pertencem a todos os poderes. As eleições são de todos os brasileiros”. Bruno Bianco esclareceu, porém, que em nenhum momento personificou o destinatário de suas colocações e tampouco fez críticas diretas a qualquer dos ministros do Supremo ou do TSE.

    A convite do TSE, as Forças Armadas integram a Comissão de Transparência Eleitoral (CTE). A ideia foi pensada pelo então presidente do tribunal, Luís Roberto Barroso, como uma forma de conter discursos inflamados de Bolsonaro de que haveria uma conspirata da Justiça Eleitoral para esconder supostas vulnerabilidades nas urnas e potenciais fraudes nas futuras eleições presidenciais. A estratégia de dar assento à caserna, porém, acabou se transformando em uma das mais eficazes armas do ex-capitão e em uma permanente dor de cabeça para o STF e o TSE, que agora se deparam com o recado do Palácio do Planalto de que os militares pretendem “exigir” respostas aos questionamentos envolvendo supostas fragilidades na votação eletrônica – caso contrário, farão sua própria auditoria sobre os resultados, indicando que podem não reconhecer uma eventual vitória de Lula.

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