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‘Vou acabar com o centrão em São Paulo’, diz Haddad em sabatina

Ex-ministro da Infraestrutura informou inicialmente que participaria, mas declinou do convite ao longo desta semana

Por Laísa Dall'Agnol Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 14 out 2022, 23h34 - Publicado em 14 out 2022, 22h00
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  • O candidato do PT ao governo de São Paulo, Fernando Haddad, foi sabatinado nesta sexta-feira, 14, pelo pool de veículos integrado por VEJA, SBT, CNN, Terra, NovaBrasil e Estadão/Eldorado.

    “Vou acabar com o centrão em São Paulo”, diz Haddad. O candidato petista diz que sua primeira providência, caso eleito, será tirar nomes do chamado centrão do governo paulista. “Não vou tolerar esse tipo de toma lá da cá. Fico atônito de ver como meu adversário diz, com todas as letras, que a turma do centrão virá para o estado, inclusive com o orçamento secreto, que ele diz que não dá para contornar. Podemos ter na primeira vez na história um governo de coalizão no estado que não precise centrão para governar”.

    Haddad promete retomar obras de infraestrutura no estado — a exemplo do monotrilho — como forma de estimular a geração de emprego. O petista volta a alfinetar Tarcísio ao falar sobre a Sabesp. “Quero deixar claro que meu adversário comete um erro ao dizer que vai privatizar a Sabesp. A Sabesp é uma empresa estratégica. Se privatizar, daqui a dez anos vai dobrar a conta de água. Então não vamos privatizar a Sabesp”, declarou.

    O candidato petista cita legado enquanto ministro da Educação e como prefeito de São Paulo ao ser perguntado sobre o tema: “Fizemos a maior expansão das universidades federais e de bolsas do Prouni, a maior expansão da educação profissional e superior. Em São Paulo, fiz 425 creches, sendo 893 enquanto ministro, época em que triplicou a matrícula em creches no país”.

    Perguntado pela jornalista de VEJA, Clarissa Oliveira, sobre eventual criação de impostos em sua possível gestão como governador de São Paulo, Haddad não deu uma resposta clara, mas voltou a afirmar que pretende desonerar a cesta básica. “O sistema tributário brasileiro é um dos mais regressivos do mundo. Quem tem mais renda paga, proporcionalmente, menos impostos. E quem tem menos renda, paga, proporcionalmente, mais. Porque os impostos incidem sobre o consumo e não sobre o patrimônio (…) não faz sentido produtos da cesta básica pagarem ICMS [imposto estadual]. Tem que diminuir o imposto sobre consumo e aumentar sobre grandes patrimônios e sobre a renda”, declarou.

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    “Vou defender os interesses dos paulistas”, diz Fernando Haddad sobre investimentos no estado. O ex-prefeito de São Paulo afirma que sua gestão aplicou 24 bilhões de reais em quatro anos, recorde histórico. O petista ainda alfinetou o adversário Tarcísio de Freitas (Republicanos), que faltou ao debate. “Tarcísio não investiu nada em São Paulo enquanto ministro da Infraestrutura. Você não acha uma placa. Se você pegar o rol dos estados, você vê que São Paulo ficou em último nos investimentos federais”.

    O encontro desta sexta-feira aconteceria no formato de debate — da mesma forma que ocorreu com os candidatos ao governo no primeiro turno, em 17 de setembro –, mas o candidato do Republicanos, Tarcísio de Freitas, desistiu de participar. Inicialmente, ele havia concordado em debater com Haddad, mas declinou do convite ao longo desta semana.

    Seguindo a regra aprovada pelas campanhas, Haddad será entrevistado por jornalistas de veículos do pool, com mediação de Carlos Nascimento. A entrevista foi realizada no estúdio do SBT no mesmo horário previsto originalmente para o debate.

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    As últimas pesquisas de intenção de voto apontam uma ampla vantagem entre o ex-ministro da Infraestrutura e o ex-prefeito de São Paulo.

    De acordo com levantamento do Instituto Paraná Pesquisas divulgado nesta sexta, Tarcísio tem 49,9% dos votos totais, contra 39,2% de Haddad. Considerando apenas os votos válidos — o que exclui os brancos e nulos –, o candidato do Republicanos tem 56% dos votos, contra 44% do petista. A margem de erro é de 2,4 pontos percentuais para mais ou para menos.

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