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Após acordo com PT, PSB nacional destitui diretório do partido em Minas

Socialista Márcio Lacerda não aceita desistir de sua candidatura ao governo mineiro para apoiar reeleição do petista Fernando Pimentel

Por Estadão Conteúdo Atualizado em 3 ago 2018, 20h14 - Publicado em 3 ago 2018, 19h20
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  • A Executiva Nacional do PSB destituiu o diretório do partido em Minas Gerais. O presidente nacional da sigla, Carlos Siqueira, determinou destituição do antigo presidente estadual em Minas, João Marcos Grossi Lobo, e sua diretoria na noite de quinta-feira (2) após o ex-prefeito de Belo Horizonte Marcio Lacerda, pré-candidato ao governo do Estado pelo PSB, ter afirmado que desafiará a direção nacional e manterá a sua postulação para as eleições 2018.

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    Renê Vilela foi nomeado nesta sexta-feira (3) presidente interino do diretório pessebista em Minas, juntamente com uma nova diretoria provisória. Segundo Vilela, a direção anterior deixou de priorizar a eleição de uma bancada de deputados federais e estaduais — e vinha dando mais atenção à pré-candidatura de Lacerda. “A forma como a pré-campanha vinha sendo tomada não estava respeitando as prioridades nacionais”, afirmou Vilela, que é muito próximo do deputado federal Júlio Delgado (PSB), considerado um opositor interno de Lacerda.

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    Outro motivo apontado pelo novo presidente foi a possibilidade de uma coligação entre MDB e PSB. Na quinta, o ex-prefeito de BH confirmou que havia um entendimento entre os dois partidos para a formação de uma chapa majoritária. “Não faria sentido atuarmos para a reeleição de uma bancada que está contra o PSB em nível nacional”, afirmou Vilela. O novo dirigente também declarou que o MDB na coligação dificultaria a eleição de uma bancada legislativa do PSB.

    Na última quarta, um acordo em nível nacional entre PT e PSB fez com que os pessebistas retirassem a candidatura de Lacerda para apoiar a tentativa de reeleição do governador Fernando Pimentel (PT), enquanto em Pernambuco, Marília Arraes (PT) foi rifada para o PT apoiar a candidatura de Paulo Câmara (PSB). No entanto, Lacerda e Arraes afirmaram que vão procurar manter suas candidaturas e cogitam judicializar a questão.

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    “Não há nenhuma obrigatoriedade de apoio ao Partidos dos Trabalhadores. Temos total autonomia para definir o melhor caminho para alcançar nossos objetivos”, afirmou o novo dirigente do PSB-MG. A legenda no estado tem conversas com PCdoB, Democracia Cristã, que estão no campo de apoio a Pimentel, além de Avante, Patriotas – que já declararam apoio ao pré-candidato Rodrigo Pacheco (DEM) – e PV, partido que está próximo de fechar coligação com o MDB.

    O ex-presidente do PSB-MG João Marcos Grossi Lobo disse que não tem nenhum ressentimento com a decisão e preferiu não comentar as declarações de Vilela. Marcio Lacerda afirmou que só dará alguma declaração sobre a dissolução da diretoria em Minas após conversar com advogados. A convenção do PSB em Minas Gerais está marcada para a manhã deste sábado.

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    Farpas

    Nesta quinta-feira, Lacerda e o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, trocaram acusações. Siqueira deu uma entrevista ao jornal Estado de Minas qualificando a candidatura de Lacerda como “faz-de-conta”, afirmando que a postulação “não existirá”. “Ele [Lacerda] chegou a comunicar à direção nacional que não seria candidato a nenhum cargo eletivo”, afirmou Renê Vilela.

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    Em nota, Lacerda declarou que não houve nenhum acordo para “manter candidatura de aparências” e que manteve a agenda como pré-candidato após se encontrar com Siqueira, em abril. “Na última semana, inclusive, em conversa telefônica com Carlos Siqueira, consegui dele a garantia de apoio financeiro do partido à nossa campanha. Jamais seria capaz de fazer tantos movimentos que não fossem ‘pra valer'”, afirmou o ex-prefeito de Belo Horizonte.

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