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Apesar do ‘TIC, TAC’, profecias de Ciro Nogueira falharam

Ministro da Casa Civil firmou acordos importantes nos estados, mas não foram suficientes para garantir a vitória de Bolsonaro

Por Marcela Mattos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 30 out 2022, 20h56

Articulador político da campanha à reeleição de Jair Bolsonaro, o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, recorreu ao que chamou de “relógio da democracia” para, em publicações nas redes sociais, fazer uma contagem regressiva para a vitória do presidente. Apesar de Bolsonaro figurar atrás para Lula nas pesquisas de intenção de voto e também no primeiro turno, o ministro costumava escrever um animado “TIC TAC”, em referência ao som do relógio, para referendar a tese de que, na reta final, o presidente viraria o jogo. Não virou.

A última publicação do ministro antes do resultado do segundo turno dizia o seguinte: “Haja coração! Na nossa projeção vamos ganhar com 50,09% TIC TAC TIC TAC TIC TAC”. Neste domingo, 30, Lula foi eleito com 50,8% dos votos, enquanto o presidente obteve 49,1%.

As profecias do ministro se embasavam principalmente nos acordos que ele próprio capitaneou nos estados e que, de fato, deram estofo político ao presidente na disputa em segundo turno.  Partiu principalmente de Ciro Nogueira, por exemplo, um pacto firmado com o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), para anunciar apoio a Bolsonaro após o primeiro turno – o estado era uma das principais apostas da campanha bolsonarista.

O ministro também trabalhou pelo apoio do governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB), em busca de reforçar os votos no maior colégio eleitoral do país. Com a chegada dos governadores, a campanha bolsonarista visava atrair, também, a adesão de prefeitos, que têm maior proximidade com o eleitorado nos rincões eleitorais.

Entre o primeiro e o segundo turno, São Paulo deu quase 2 milhões de votos a mais ao presidente, enquanto Minas teve pelo menos 800 mil novos apoios. Ao todo, Bolsonaro somou quase 7 milhões de votos em relação à rodada anterior.

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Outras investidas, no entanto, falharam.  Sabendo da vantagem de Lula no Nordeste, Ciro Nogueira até tentou diminuir a diferença na região, mas não conseguiu firmar apoios robustos. Restava como esperança, então, um aumento do índice de abstenção, que também não se confirmou e permaneceu no patamar de 20,5%.

A derrota do ministro foi percebida em casa. Berço político de Ciro Nogueira, Piauí foi o estado que deu a maior desvantagem a Bolsonaro no Nordeste – o presidente obteve 23% dos votos, enquanto Lula ficou com 76%. Além disso, o candidato ao governo do Piauí apoiado por Nogueira, Silvio Mendes (União Brasil), viu o petista Rafael Fonteles ser eleito em primeiro turno.

O ministro também tentou uma aproximação com a Bahia, o quarto maior colégio eleitoral do país e o maior do Nordeste. A estratégia passaria pela adesão do ex-prefeito ACM Neto (União Brasil) à campanha de Bolsonaro no segundo turno. Em busca de um acordo, houve até a garantia de que o governo federal estaria de portas abertas a ACM Neto caso ele não saísse vencedor na disputa elo governo baiano. O ex-prefeito, porém, optou pela neutralidade e não apoiou nenhum candidato no segundo turno.

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