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Aliados de Bolsonaro cogitam mulher ou negro para vice em 2022

Entorno do presidente defende nome que agregue votos à chapa e diminua resistências de diferentes grupos do eleitorado ao político

Por Letícia Casado 28 dez 2021, 15h33

Para aliados do presidente, as acusações de misoginia e racismo contra Jair Bolsonaro (PL) não passam de “falácias”, e uma boa maneira de mostrar que ele não tem problemas com nenhum grupo populacional seria escolher como vice para a chapa da reeleição uma mulher ou um negro. As conversas sobre os nomes para o posto ainda estão no começo, porém é certo que caberá ao mandatário bater o martelo. A decisão só deve sair em meados de 2022, mas até lá políticos experientes tentarão traçar o perfil ideal do novo companheiro do presidente nas urnas.

Se dependesse de Bolsonaro, o vice seria alguém de sua estrita confiança, de fora da política e sem relação com o Congresso, o que, na avaliação do ex-capitão, reduziria o risco de o escolhido articular um processo de impeachment contra ele. Caciques do Centrão, no entanto, trabalham para que o nome saía de um dos partidos do grupo. Outra possibilidade é dar a vaga a um evangélico, numa tentativa de consolidar o apoio desse segmento, que representa 31% da população. Há várias possibilidades sobre a mesa, mas de certo, por enquanto, só o fato de que a parceria com o general Hamilton Mourão não será reeditada.  

Coordenador da campanha à reeleição, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) diz que o é importante escolher “algum vice que agregue a simpatia de um percentual do eleitorado” que rejeita o presidente. “Imagina que legal uma mulher, evangélica, negra do Nordeste. É um perfil que vamos buscar, mas é difícil alguém que agregue isso tudo. A preocupação maior do presidente vai ser a questão de ter na chapa alguém que de pronto afaste os rótulos mentirosos, mas que seja extremamente leal e de confiança, com competência para ser vice-presidente da República”, afirma o senador. 

Para o líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR), ainda é cedo para definir o nome de vice na chapa de Bolsonaro: “Precisa ponderar o conjunto da campanha: como os outros candidatos estão, onde são mais fortes. Pode escolher um vice de um estado forte, negro, mulher. Tem várias possibilidades, mas isso vai ser definido mais para a frente. O vice é a última coisa que se resolve”.

Um dos expoentes da bancada evangélica, o deputado Sóstenes Cavalcante (DEM-RJ) diz que, ao menos por enquanto, não considera estratégico que o vice seja evangélico, “já que esse é um eleitorado fiel ao presidente”. O ideal, acrescenta, seria um vice “da política, de um grande colégio eleitoral, como Minas Gerais ou São Paulo, ou do Nordeste, que agregaria muito”. “Não estamos trabalhando com a hipótese de ele necessariamente colocar um vice evangélico. Ele tem que procurar a melhor opção eleitoral”, declara Sóstenes. 

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Segundo Flávio,  o vice pode ajudar a derrubar rótulos que são colocados – sempre injustamente, segundo o Zero Um – no presidente. “Talvez um perfil de vice que botasse por água abaixo de uma vez por todas esses preconceitos com relação a nordestino, pobre, negro, mulher. Ele não tem nada contra pobre, salvou os pobres na pandemia. Não tem nada contra nordestino, você vê a alegria dele quando vai inaugurar uma bica de água no meio do sertão. Ele trata bem e tem próximo pessoas com a pele negra.”. Além de agregar valor à chapa, o vice, pelo jeito, terá de cumprir a difícil missão de lustrar a imagem de Bolsonaro. 

 

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