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Aliado de Paes, Pedro Paulo é denunciado por gerenciar caixa 2

Parlamentar foi o coordenador da campanha do ex-prefeito em 2012 e seria o responsável por administrar 10,8 milhões de reais pagos pela Odebrecht

Por Jana Sampaio Atualizado em 8 set 2020, 16h46 - Publicado em 8 set 2020, 15h23
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  • A ação que denunciou o ex-prefeito e atual candidato à prefeitura do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, também teve como alvo o deputado federal Pedro Paulo (MDB). De acordo com a investigação, o parlamentar, que atuou como chefe da Casa Civil da Prefeitura do Rio de Janeiro e coordenador da campanha eleitoral de Paes, se encarregou de gerenciar 10,8 milhões de reais pagos pelo Grupo Odebrecht em 2012.

    A quantia era destinada ao financiamento da campanha de Paes, mediante entregas de dinheiro em espécie por operador financeiro, e seria gerenciada por Pedro Paulo, responsável também por especificar onde o dinheiro seria aplicado e quem o arrecadaria.

    Além de Pedro Paulo e do ex-prefeito, os empresários Benedicto Barbosa da Silva Junior, Leandro Andrade Azevedo, Renato Barbosa Rodrigues Pereira e Eduardo Bandeira Villela também foram denunciados pelo juiz Flávio Itabaiana aceitar uma denúncia do Grupo de Atuação Especializada no Combate à Corrupção (Gaecc), do Ministério Público estadual do Rio.

    Procurado, o deputado disse que a ação é fruto de “uso político de instrumentos da Justiça para interferir na eleição” e que não se intimidará. “Ao ter acesso o conteúdo da denúncia, farei a minha defesa no processo”, informou.

    Vale lembrar que Pedro Paulo participou da aprovação na Câmara dos Deputados do projeto de lei que aumenta as penas de crimes de desvios de recursos públicos na pandemia. “O texto também dobra as penas para crimes de corrupção ativa e passiva, peculato (apropriar-se de valores), estelionato, falsidade ideológica, associação criminosa contra a administração pública e emprego irregular de verbas públicas”, disse o parlamentar em sua conta no Twitter.

    Segundo ele, o objetivo é punir com mais rigor quem aplica golpes envolvendo o auxílio financeiro custeado pela União.

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