O senador Jorginho Mello (PL-SC) foi eleito governador de Santa Catarina em uma vitória que consolida o bolsonarismo como força predominante no estado. No segundo turno, concorreu com Décio Lima, que levou pela primeira vez o PT à segunda fase das eleições para o governo estadual, beneficiado por uma divisão de votos no primeiro turno entre outros candidatos de direita.
Com o cenário embolado, o petista garantiu sua vaga, mas não conseguiu vencer a preferência do eleitor catarinense por Bolsonaro (PL), que em 2018 já deu quase 76% dos votos para o capitão. Santa Catarina também elegeu no primeiro turno o ex-secretário nacional de Aquicultura e Pesca Jorge Seif (PL-SC) ao Senado Federal. Além disso, o PL, partido de Bolsonaro, foi a legenda que elegeu mais deputados federais no estado, com o total de seis. Entre eles, a mais votada foi Carol de Toni, que conseguiu a reeleição com ênfase em sua proximidade com o presidente em toda a campanha.
O governador eleito iniciou a carreira política nos anos 70 na antiga Arena. Em 2012, como deputado federal, chegou a fazer parte da base de apoio de Dilma Rousseff, mas posteriormente votou pelo impeachment. Com Bolsonaro, ganhou notoriedade durante a CPI da Pandemia, quando defendeu a cloroquina e o tratamento precoce à Covid-19.