Ex-presidente do Senado e atual comandante da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), o senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) negou neste domingo, 11, que tenha algum tipo de ressalva quanto à presença do senador eleito Sergio Moro no mesmo partido que ele ou que trabalhe pela desfiliação do ex-juiz da Lava-Jato dos quadros partidários.
Dirigentes do próprio União e integrantes do governo de transição, com o qual a legenda negociar embarcar formalmente no governo eleito de Luiz Inácio Lula da Silva, relataram a VEJA, sob condição de anonimato, episódios em que o parlamentar amapaense, por mais de uma vez, teria afirmado que pretende se articular para que Moro deixe os quadros da sigla. Em um caso recente, publicado na edição que chega neste fim de semana às bancas e plataformas digitais, o próprio Lula reagiu com pilhéria à proposta de a legenda aderir ao governo com seu algoz à tiracolo. “Seria divertido o Moro defendendo o meu governo”, disse em uma reunião, no final de novembro, com partidos que devem compor a nova administração.
Em nota a VEJA, Alcolumbre afirmou que são “inverídicas, maldosas e fantasiosas” informações de que ele trabalharia contra a permanência de Sergio Moro no União Brasil. “Como líder do União Brasil no Senado, e como homem público sempre pautou sua atuação pelo diálogo, respeito e equilíbrio com todos e, não seria diferente com o senador eleito Sergio Moro, com quem sempre estabeleceu uma relação cordial e respeitosa”, afirmou o senador.