Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Alckmin deve intervir em diretórios estaduais do PSDB

Pré-candidato tucano conta com resolução tucana, que permite intervenções nos estados, para garantir alianças nos principais colégios eleitorais do país

Por Estadão Conteúdo Atualizado em 22 fev 2018, 09h45 - Publicado em 22 fev 2018, 09h44

Pré-candidato à Presidência da República, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, vai ter a palavra final sobre as candidaturas do PSDB aos governos estaduais. De acordo com aliados do tucano, a ideia é usar uma resolução partidária de 2014 que deu carta branca à executiva do partido para promover intervenções nos diretórios regionais quando necessário.

Naquele ano, o senador Aécio Neves (MG) era presidente do PSDB e pré-candidato ao Palácio do Planalto, assim como Alckmin agora. A proposta foi aprovada na época pelo diretório nacional, apesar de sofrer forte resistência interna.

A preocupação no entorno de Alckmin é que ele fique sem palanques fortes nos principais colégios eleitorais do país. Pelo mapa atual, o PSDB não tem opções competitivas em Minas Gerais, Rio, Bahia e Pernambuco, que representam cerca de 30% do eleitorado nacional.

Por ora, o partido contabiliza 12 pré-candidaturas consideradas “consolidadas” pela cúpula tucana, mas parte delas pode acabar sendo sacrificada em nome do projeto nacional. Alckmin tem dito a aliados que nesses casos é normal que “a ordem venha de cima”.

Potenciais aliados tucanos na eleição presidencial de outubro, PSD, DEM, PSB e PPS devem apresentar ao governador suas listas de prioridades regionais. Essa equação será decisiva para os tucanos.

O DEM calcula nove potenciais candidaturas estaduais, sendo Goiás, Rio, Bahia e Rio Grande do Sul as prioritárias. Nos quatro estados, a legenda pede que os tucanos apoiem seus respectivos pré-candidatos: o senador Ronaldo Caiado, o ex-prefeito do Rio César Maia, o prefeito de Salvador ACM Neto e o deputado federal Onyx Lorenzoni.

Continua após a publicidade

Já as conversas de Alckmin com o PSB só avançarão se o partido desistir de disputar Pernambuco, Distrito Federal e Espírito Santo para apoiar a sigla.

Fator Minas

Base de Aécio, que planeja disputar a reeleição, Minas Gerais é a maior preocupação dos auxiliares e estrategistas do governador paulista. O estado representa 10,6% do eleitorado nacional. O PSDB caminhava para fechar uma aliança com o DEM, que deve lançar o deputado Rodrigo Pacheco ao governo. O acordo, porém, não vingou por causa da resistência do DEM a incorporar Aécio na chapa como candidato ao Senado.

Pacheco, que vai deixar o MDB mineiro para ingressar no DEM, disse nesta quarta-feira (21) que não faz objeção em apoiar a candidatura presidencial de Alckmin no Estado e que gostaria de ter em seu palanque o senador tucano Antonio Anastasia, nome que também agrada ao governador de São Paulo.

Aliados de Aécio, no entanto, ensaiam lançar um deputado federal da bancada mineira com o objetivo de marcar posição e garantir a candidatura à reeleição do senador. Essa opção, por sua vez, desagrada a interlocutores de Alckmin. A solução de consenso seria colocar Anastasia na disputa ao governo mineiro.

Líderes e deputados do PSDB pressionaram nesta quarta Anastasia, que resiste à ideia. Em Brasília, onde passou o dia, Alckmin se reuniu com o senador mineiro e afirmou que ele é o “candidato natural” do partido ao Palácio Tiradentes, sede do governo estadual.

Continua após a publicidade

Minas Gerais, atualmente sob o comando do petista Fernando Pimentel, foi governada por Anastasia de 2010 a 2014. O senador era vice de Aécio, que renunciou ao cargo para concorrer à vaga no Senado.

Alckmin disse que será o “porta-bandeira” de Anastasia, caso ele queira disputar o cargo. “Anastasia é um quadro excepcional, une o partido e também os aliados. Se depender de mim, estarei na linha de frente, porta-bandeira do Anastasia”, afirmou o presidenciável tucano.

Conversas

O governador de São Paulo teve nesta quarta, em Brasília, vários encontros ao longo do dia com senadores de Espírito Santo, Ceará, Minas Gerais e Santa Catarina.

O líder do PSDB no Senado, Paulo Bauer (SC), foi um dos que discutiram sobre as eleições com o governador de São Paulo. Também houve conversas com os senadores Tasso Jereissati (CE) e Ricardo Ferraço (ES), além de Anastasia.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.