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Alckmin defende palanque único para o governo de São Paulo

Em encontro com jornalistas no Palácio dos Bandeirantes, tucano afirmou que é natural PSDB ter candidato próprio, mas que não se deve impor pré-condição

Por Estadão Conteúdo Atualizado em 29 jan 2018, 19h48 - Publicado em 29 jan 2018, 19h44
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  • O governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) voltou a admitir, nesta segunda-feira (29), que o ideal seria que os partidos da sua base tivessem apenas um candidato ao governo do Estado nas eleições de 2018. Para fortalecer seu projeto presidencial, Alckmin já admite a possibilidade de o PSDB perder o comando de São Paulo depois de 24 anos chefiando o Executivo.

    Neste caso, os tucanos abririam mão da cabeça de chapa pela primeira vez na história do partido para apoiar a reeleição do vice-governador, Márcio França (PSB). Em encontro com jornalistas, no Palácio dos Bandeirantes, Alckmin afirmou que “o que tem defendido é que se nós pudermos ter um palanque único é melhor”.

    Para o governador, apesar das dificuldades de PSDB e PSB aceitarem uma candidatura única, a questão seria de “conversar” e de “aproximação”. “É natural que o PSDB, que é o maior partido e que está no sexto governo, tenha candidato próprio, mas nunca se deve, em uma negociação, colocar uma pré-condição. Se nenhum dos partidos abrir mão, teremos dois três, palanques.” Alckmin voltou a afirmar também que a candidatura de França é legítima.

    Segundo o governador, a decisão final sobre a candidatura será tomada pelo diretório estadual. No último sábado, em evento do município, o prefeito paulistano João Doria (que teria passado a cogitar, ainda de forma privada, a possibilidade de concorrer ao governo) disse que a hipótese do PSDB não ter candidato próprio é zero.

    “Como membro do PSDB, eu posso afirmar pessoalmente, como prefeito da cidade de São Paulo, que o PSDB terá candidato ao governo do Estado de São Paulo. Não há a menor hipótese do partido que ocupa o governo há tantos anos abrir mão dessa condição para quem quer que seja, inclusive para pessoas qualificadas como o vice-governador Márcio França.”

    Além de Doria, outro prefeito tucano também reagiu à articulação de Alckmin. O prefeito de São Bernardo do Campo, Orlando Morando (PSDB), disse que “o PSDB não ter candidatura própria seria uma prova que esse atual governo foi ruim”. “Para o partido que governa, ter uma candidatura é defender o legado e manter as boas práticas. Além disso, o PSDB não ter um candidato próprio seria um grande problema para a eleição a presidente do Alckmin” disse.

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