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Acordo governista exclui oposição da Mesa do Senado

Por Gabriel Castro, na VEJA.com: Uma manobra governista excluiu a oposição da Mesa Diretora do Senado Federal, em votação realizada na noite desta quarta-feira. O acordo capitaneado pelo PT e pelo PMDB, com o aval do governo Dilma Rousseff, impediu que PSDB, PSB e DEM assumissem os cargos a que tinham direito pelo critério da […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 02h11 - Publicado em 4 fev 2015, 22h15
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  • Por Gabriel Castro, na VEJA.com:
    Uma manobra governista excluiu a oposição da Mesa Diretora do Senado Federal, em votação realizada na noite desta quarta-feira. O acordo capitaneado pelo PT e pelo PMDB, com o aval do governo Dilma Rousseff, impediu que PSDB, PSB e DEM assumissem os cargos a que tinham direito pelo critério da proporcionalidade. Juntos, os três partidos têm 21 senadores, mais de um quarto do Senado.

    O líder do PT no Senado, Humberto Costa (PT-PE), admitiu o acordo deliberado para excluir a oposição – que apoiou Luiz Henrique (PMDB-SC) contra Renan Calheiros (PMDB-AL) na eleição para a presidência do Senado. “Nós fizemos uma opção política de estar com os líderes e com os partidos que não somente são parte da base de composição do governo, mas que estiveram com a candidatura do senador Renan”. Ele citou o exemplo da Câmara, onde o PT acabou derrotado e ficou de fora da Mesa Diretora, o que deixa mais evidente que a manobra desta quarta não passou de uma vingança pela derrota de Arlindo Chinaglia (PT-SP), candidato governista na Câmara.

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    Excluídos da chapa formada pelo acordo, partidos de oposição poderiam lançar candidaturas avulsas. Era o que pretendiam fazer. Mas, sem chances de vitória, acabaram recuando como forma de protesto. O PSDB retirou a candidatura avulsa de Paulo Bauer (SC) para a primeira secretaria, e o DEM retirou o nome de Maria do Carmo Alves (SE), que disputaria de forma avulsa a primeira suplência. O PSB desistiu de lançar o senador Antonio Carlos Vasconcelos (SE) para a terceira secretaria.

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    Discussão
    Ao anunciar que sua bancada deixaria o plenário, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) disse que Renan Calheiros (PMDB-AL) passava a ser presidente só da base aliada, e não mais de todo o Senado. “Vossa excelência perde a legitimidade para ser presidente dos partidos de oposição desta casa”, afirmou ele. Renan rebateu: “Vossa excelência foi candidato à Presidência da República e veja em que conta tem a democracia”, disse Renan.

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    O tom se elevou. Aécio disse se orgulhar dos 51 milhões de votos que recebeu e afirmou que Renan Calheiros apequena o Senado. “Perdi de cabeça erguida e vossa excelência venceu envergonhado”, disse o tucano. Renan continuava a lembrar a derrota de Aécio na disputa presidencial: “Por isso deu no que deu”.

    O líder do DEM, Ronaldo Caiado (GO), disse que a manobra é resultado da derrota do governo na Câmara, onde o PT bateu de frente com o PMDB de Eduardo Cunha (RJ) e perdeu os cargos na Mesa Diretora. Assim como os tucanos, Caiado deu a entender que o boicote à oposição foi um ponto de ruptura. “Estejam preparados porque vocês vão experimentar o que vocês nunca viram nessa casa”, prometeu. Enquanto isso, Renan lavava as mãos e dizia que, como presidente do Senado, não participava da montagem das chapas – o que era uma inverdade.

    Com o acordo, Jorge Viana (PT-AC) será o primeiro vice-presidente do Senado e Romero Jucá (PMDB-RR) será o segundo vice. Vicentinho Alves (SD-TO) foi eleito primeiro secretário, Zezé Perrela (PDT-MG) comandará a segunda secretaria, Gladson Cameli (PP-AC) ficará com a terceira secretaria, e Ângela Portela (PT-RR) será a quarta secretária. Sérgio Petecão (PSD-AC), João Alberto (PMDB-AM) e Douglas Cintra (PTB-PE) ficaram como suplentes.

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