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Ação de Flavio e decisão do STF geram críticas de apoiadores de Bolsonaro

Janaina Paschoal, MBL e o Vem Pra Rua se manifestaram no Twitter sobre o caso Queiroz. Eleitores cobraram senador eleito em seu perfil na rede social

Por Redação
Atualizado em 18 jan 2019, 20h53 - Publicado em 18 jan 2019, 20h11

O pedido do senador eleito Flavio Bolsonaro (PSL) para que a investigação sobre seu ex-assessor Fabrício Queiroz fosse suspensa pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e a decisão do ministro Luiz Fux tomada na quarta-feira 16, determinando a interrupção das investigações, geraram críticas entre apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PSL).

As reações miram, sobretudo, a alegação de Flavio de que foi diplomado como senador e, em razão disso, deve ser levado em consideração o foro privilegiado. Queiroz é investigado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro por causa do relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) que apontou 1,2 milhão de reais em transações atípicas em uma conta do ex-motorista do senador eleito.

Deputada estadual eleita em São Paulo pelo PSL, a advogada Janaína Paschoal publicou no Twitter que “a decisão do Ministro Fux está equivocada”. “O precedente que tratou da prerrogativa de foro realmente foi no sentido de que os casos devem ser analisados em concreto; entretanto, os fatos devem ser posteriores ao início do mandato. Não é o caso!”, escreveu nesta quinta-feira.

No início da noite desta quinta-feira, 17, o filho mais velho do presidente informou que entrou com a reclamação no STF porque sua defesa descobriu que ele é investigado no mesmo inquérito que Fabrício Queiroz no MP-RJ. Até então, Flavio Bolsonaro vinha dizendo que não era investigado e que as explicações caberiam unicamente a seu ex-assessor. Ele faltou ao depoimento marcado e pediu acesso aos autos da apuração.

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O Movimento Brasil Livre (MBL) também se manifestou por meio do Twitter e questionou as afirmações anteriores de Flavio sobre não ser investigado: “1. Mas o foro não foi limitado pelo STF a eventos ocorridos DURANTE o mandato e relativos ao mandato? 2. Então Flavio Bolsonaro está sendo investigado? Não era apenas seu ex-assessor?”.

Dois dos líderes do MBL, o deputado federal eleito Kim Kataguiri (DEM-SP) e o vereador paulistano Fernando Holiday (DEM), também criticaram Flavio Bolsonaro. “O pedido de Flavio Bolsonaro cheira muito mal”, escreveu Kataguiri. “Entrar com pedido para ser investigado em foro especial é, no mínimo, suspeito”, completou.

“Se isso for confirmado, sinceramente, só restam motivos para desconfiança. Quem não deve não teme. Ainda mais uma simples investigação”, tuitou Holiday. “Flávio Bolsonaro confirmou que ajuizou reclamação contra o MP-RJ. E, pior, usou o mantra do foro privilegiado. Se não tivesse o que esconder, ele seria o primeiro interessado em abrir as contas e ser investigado de cabo a rabo”, escreveu.

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O movimento Vem Pra Rua chamou a atenção para o fato de Flavio Bolsonaro ter pedido, além da suspensão da investigação, “que o STF declare a ilegalidade das provas”. “Quem se elegeu com o discurso de combate à corrupção e contra privilégios como o foro privilegiado deve muito mais explicações à sociedade do que qualquer outro”, disse o movimento.

Na noite desta sexta-feira 18, após nove dias sem publicar nada em sua conta no Twitter, Flavio Bolsonaro anunciou que a RecordTV veiculará uma entrevista sua às 21h40. A maioria das respostas de seus seguidores na postagem foi em tom de cobrança.

“Espero que se explique muito bem e não deixe nenhuma dúvida no ar. Não suje o nome do seu pai”, escreveu um internauta. “Nada melhor que uma posição sua sobre as acusações que vem sendo feita sobre sua pessoa, e os esclarecimentos por suas atitudes que não deixou os eleitores muito alegre [sic]”, disse outro.

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