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A senha de Lula para que José Múcio demitisse o comandante do Exército

Além de ordenar a troca no cargo, presidente indicou ao ministro da Defesa, que havia feito a escolha inicial, quem deveria ser o substituto

Por Daniel Pereira Atualizado em 30 jan 2023, 10h32 - Publicado em 28 jan 2023, 09h49

O presidente Lula fez uma pressão insistente para que o general Júlio César de Arruda fosse demitido do cargo de Comandante do Exército pelo ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, conhecido pelo estilo conciliador. Na sexta-feira, 20, o presidente ligou para Múcio e disse que não aceitaria a efetivação do tenente-coronel Mauro Cesar Barbosa Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, como chefe do 1‘ Batalhão de Ações e Comandos, sediado em Goiânia. A efetivação era defendida pelo general Arruda, que não dava sinais de que pretendia mudar de opinião.

Na manhã do dia seguinte, sábado 21, Lula reforçou a cobrança ao ministro e deixou claro que queria o caso resolvido rapidamente, o que significava a demissão de Arruda. Para que Múcio não titubeasse, o presidente, reconhecido pela capacidade inequívoca de dar recados, lembrou-o em tom cordial de que “já teve aquela história do acampamento”. Foi uma referência curta, mas eloquente, ao que o mandatário e alguns de seus principais auxiliares consideraram erro de Múcio ao não se empenhar pela desmobilização dos radicais bolsonaristas acampados em frente ao quartel-general do Exército em Brasília. 

Na conversa, Lula também elogiou o discurso do então comandante militar do Sudeste, general Tomás Ribeiro Paiva, que dias antes defendeu a democracia, a alternância de poder e o respeito ao resultado das urnas. As senhas estavam dadas, e o recado foi compreendido. Múcio demitiu Arruda, que ele mesmo havia escolhido para o posto com base no critério da antiguidade, e empossou como novo comandante do Exército o general Ribeiro Paiva.

O novo chefe da Força compartilha de algumas ideias do ministro da Defesa. A pessoas próximas, Ribeiro Paiva disse que seria uma temeridade desmontar os acampamentos em frente aos quartéis-generais ainda na noite do fatídico dia 8 de janeiro, horas depois da invasão e depredação das sedes do Congresso, do Planalto e do Supremo.  

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