As campanhas de Jair Bolsonaro (PL) e Lula (PT) têm como prioridade até a realização do primeiro turno, em dois de outubro, a disputa por votos em Minas Gerais. O estado é o segundo maior colégio eleitoral do país, com quase 16,3 milhões de eleitores, e carrega um simbolismo importante: desde a primeira corrida presidencial direta após a redemocratização, todos os candidatos que ganharam em Minas conquistaram o Palácio do Planalto.
Como esse embate é considerado estratégico, as campanhas estão recorrendo a todo tipo de recurso para vencê-lo, o que inclui animar as respectivas torcidas. No domingo 11, Ciro Nogueira, ministro-chefe da Casa Civil e coordenador da campanha à reeleição de Bolsonaro, postou uma mensagem numa rede social dizendo que o presidente tinha assumido a dianteira em Minas, sem citar números ou a fonte da informação.
Em resposta, o PT desdenhou da possibilidade de Lula ter perdido a liderança no estado. Coordenador da campanha do ex-presidente em Minas, o deputado Reginaldo Lopes disse o seguinte a VEJA: “É uma fake news do ministro Ciro Nogueira. Ele sabe que a desvantagem de Bolsonaro em Minas é grande. Imagino que ele queira fazer um movimento de sinalizar ao Brasil que a diferença diminuiu. É um governo que não trabalha. Se trabalhasse, não precisaria disso”.
Pesquisas recentes da Genial/Quaest e do Datafolha de fato mostram Lula na frente, mas revelam também que a diferença para Bolsonaro caiu. Na Genial/Quaest, a vantagem do petista, que chegou a ser de 25 pontos em março, caiu para 7 pontos em setembro. No Datafolha, passou de 17 pontos para dez pontos na última semana.