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Poluente orgânico causa problema neurológico em fetos

Por Da Redação
19 jul 2011, 10h45

Por AE

São Paulo – Níveis elevados de poluentes orgânicos persistentes (POPs) na placenta estão associados ao nascimento de crianças com problemas neurológicos graves, especialmente defeitos no tubo neural. É o que mostra um estudo divulgado ontem pela revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS).

Os POPs incluem certos pesticidas, além de gases eliminados por incineradores industriais e de resíduos. Já existiam evidências anteriores que mostravam a associação dos POPs com defeitos no desenvolvimento fetal de animais. Mas faltava comprovar que seres humanos também são susceptíveis a danos neurológicos graves.

Para afastar qualquer dúvida, pesquisadores chineses analisaram os níveis de POPs nas placentas de 80 fetos e bebês que nasceram com problemas no tubo neural. Compararam com amostras das placentas de 50 crianças saudáveis. Demonstraram, por exemplo, que a presença na placenta de hidrocarbonetos aromáticos policíclicos – um tipo de POP – aumenta em até 4,5 vezes o risco de danos no tubo neural.

Os cientistas chineses ficaram espantados com a presença do inseticida DDT na placenta de algumas mulheres grávidas. O produto, altamente tóxico, foi banido da China em 1983. Para os autores do estudo, a presença da substância demonstra como é difícil eliminar do ambiente os POPs, após sua liberação.

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Acordo internacional

A diretora da organização não governamental Toxisphera, Zuleica Nycz, recorda que o Brasil, com outros 151 países, é signatário da Convenção de Estocolmo, tratado internacional elaborado para eliminar a produção e o uso de 12 POPs. Em 2010, outras 9 substâncias foram adicionadas à lista da convenção, mas o País ainda está longe de transformar a letra em realidade.

�Normalmente, o governo proíbe alguns produtos, como o agrotóxico endosulfan, mas não realiza uma vigilância ativa, muito mais difícil, para verificar a emissão de POPs em incineradores de lixo, por exemplo�, afirma Zuleica. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

AE

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