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Mortes por sarampo caem menos que o esperado

Meta firmada por países membros da Organização Mundial da Saúde era de 90% de redução na mortalidade entre 2000 e 2010; queda real foi de 74%

Por Da Redação
23 abr 2012, 20h02

Em 2008, os estados membros da Organização Mundial de Saúde (OMS) aprovaram uma meta de redução de 90% na mortalidade de sarampo até 2010. Uma pesquisa que acaba de ser publicada na versão online do periódico The Lancet aponta que, no período, a mortalidade caiu menos do que se esperava: 74%. A publicação dos dados coincide com a Semana Mundial de Vacinação da OMS.

Em 2007, os pesquisadores relataram que a meta global para a redução das mortes por sarampo até 2005, que era de 50% em relação a 1999, havia sido alcançada. Decidiu-se, então, por uma meta ainda mais ambiciosa: uma redução de 90% entre 2000 e 2010. A transmissão endêmica do vírus do sarampo havia sido interrompida nas Américas em 2002. Quatro das cinco regiões monitoradas pela OMS (excluindo-se o sudeste da Ásia) já definiram 2020 como data para eliminação total do sarampo.

A estimativa global da mortalidade do sarampo caiu de 535.300 mortes, em 2000, para 139.300, em 2010, abaixo da meta de 90%. Ainda assim, a redução foi grande. A mortalidade por sarampo foi reduzida em mais de três quartos em todas as regiões da OMS, exceto o sudeste da Ásia. A Índia respondeu por 47% do total da estimativa de mortes em 2010, e as regiões africanas por 36%. O sudeste da Ásia, excluindo a Índia, respondeu por 8%, o leste do Mediterrâneo, 7%; o Pacífico Ocidental, 2%; e as Américas e a Europa, onde o sarampo está quase extinto, por menos de 1%.

Cobertura – Os autores do estudo sugerem que a relativa baixa cobertura vacinal da Índia (74%) é a razão pela qual o sarampo permanece como uma das principais causas de morte no país. Ela fica atrás até mesmo da África, que tem 76% de cobertura. O sudeste da Ásia, excluindo a Índia, teve 79% de cobertura em 2010, o Mediterrâneo Oriental, 85%, Américas, 93%, Europa, 95%, e o Pacífico Ocidental, 97%. A cobertura global para vacinação de sarampo, no geral, foi de 85%. Mais de um bilhão de doses da vacina foram distribuídas em campanhas de massa na última década, sendo ela a principal causa na queda da mortalidade.

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“Apesar do rápido progresso no controle do sarampo entre 2000 e 2007, a execução atrasada do controle da doença na Índia e os surtos contínuos na África paralisaram as metas para redução da mortalidade em 2010. Medidas intensificadas de controle, políticas de renovação e compromisso financeiro são necessários para se alcançar os objetivos de redução e estabelecer as bases para a erradicação global do sarampo”, dizem os autores.

Estados Unidos – Dados divulgados na última quinta-feira pelo Centro para Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC, sigla em inglês) apontam que 2010 foi o pior ano dos últimos 15 anos em casos de sarampo nos EUA. Foram notificados 222 casos – frente à média de 60 casos em anos considerados normais.

No geral, os americanos que contraíram a doença não estavam vacinados. Cinquenta crianças que pegaram sarampo não haviam sido vacinadas por razões filosóficas, religiosas ou por objeção médica. A maioria dos casos foi importada, seja ela de estrangeiros ou de americanos que viajaram para o exterior.

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