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Abuso de cocaína acelera envelhecimento cerebral

Perda de volume na região cerebral associada à memória e emoção, que ocorre naturalmente com a idade, é maior entre dependentes da droga

Por Da Redação
24 abr 2012, 09h18

O abuso crônico de cocaína pode acelerar o processo de envelhecimento do cérebro, segundo concluíram pesquisadores da Universidade de Cambridge, no Reino Unido. Em um estudo que será publicado nesta quarta-feira no periódico Molecular Psychiatry, a equipe comparou o cérebro de usuários e não usuários da droga e observou que a substância provoca uma perda maior da massa cinzenta do órgão.

Estudos anteriores já haviam demonstrado que alterações no cérebro que costumam ocorrer quando as pessoas envelhecem, como declínio cognitivo e imunodeficiência, também podem ser observadas em pessoas mais jovens que são dependentes de cocaína. No entanto, essa é a primeira vez que o uso crônico da droga é diretamente associado ao envelhecimento precoce do cérebro.

Como explica a autora do estudo, Karen Ersche, com o envelhecimento, todas as pessoas perdem volume de massa cinzenta. Essa é a região do cérebro que possui o corpo das células nervosas e abrange partes do órgão envolvidas no controle muscular, memória, emoções, fala e percepção sensorial, tais como ver e ouvir. “No entanto, o que temos visto é que os usuários crônicos de cocaína perdem massa cinzenta de uma forma significativamente mais rápida, o que poderia ser um sinal de envelhecimento prematuro”, diz a pesquisadora.

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A pesquisa – A equipe de pesquisadores analisou o cérebro de 120 pessoas que tinham idade, sexo e QI semelhantes. Metade dos participantes era dependente de cocaína e o restante não tinha histórico de abuso de drogas. Os pesquisadores observaram que a perda de volume da substância cinzenta do cérebro relacionada à idade foi quase duas vezes maior entre o grupo de dependentes químicos do que entre as pessoas saudáveis. Esse declínio foi maior no córtex pré-frontal e temporal – regiões do cérebro associadas à capacidade de atenção, de tomar decisões e também de memória.

“Nossos resultados demonstram claramente a necessidade de estratégias preventivas para enfrentar o risco de envelhecimento prematuro associado com abuso de cocaína. Os jovens que fazem o uso da droga hoje precisam ser educados sobre o risco a longo prazo do envelhecimento antecipado”, diz Ersche. De acordo com a pesquisadora, não somente os jovens devem se preocupar, mas também as pessoas mais velhas que estão expostas à droga há muito tempo.

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