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Marinha da Itália recupera barco de pesca sequestrado perto da Líbia

A embarcação havia sido tomada nesta quinta. O Ministério da Defesa italiano não informou se houve combate com os agressores

Por Da Redação
17 abr 2015, 11h46

A Marinha da Itália reassumiu o controle de um barco de pesca siciliano que havia sido tomado de quinta para sexta-feira por agressores desconhecidos perto da costa da Líbia, informou o Ministério da Defesa italiano. O trecho do Mar Mediterrâneo onde o fato ocorreu vem se tornando cada vez mais caótico nos últimos anos, já que milhares de pessoas têm se arriscado na perigosa travessia para a Europa para fugir dos conflitos na Líbia, em outras partes do norte da África e no Oriente Médio.

Segundo um comunicado do Ministério da Defesa, efetivos da Marinha abordaram a traineira, que havia sido parada por um rebocador a cerca de 90 quilômetros do porto líbio de Misrata. O Ministério não informou se houve algum combate com os sequestradores do barco italiano, nem o que aconteceu com eles ou com os sete tripulantes da embarcação depois que a Marinha recuperou o controle.

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O comunicado afirmou que o rebocador provavelmente é de propriedade de forças de segurança líbias, que já detiveram esse tipo de barco em outras ocasiões em função de desavenças sobre áreas de pesca. O porta-voz de uma associação siciliana de comércio de peixes havia dito anteriormente que o incidente poderia ter sido causado por piratas. Nenhum ataque desse tipo foi relatado antes. “Isto provavelmente foi um ato de pirataria, porque o rebocador que se aproximou da traineira não tinha insígnias do governo da Líbia”, afirmou o porta-voz, Francesco Mezzapelle, acrescentando que a traineira era tripulada por três italianos e três tunisianos.

O caos instaurado pelas facções armadas no território líbio vem sendo explorado por traficantes de pessoas, que cobram milhares de dólares de migrantes, a maioria da África subsaariana, por uma passagem pelo Mediterrâneo em busca de uma vida melhor em terras europeias. Cerca de 13.000 pessoas foram resgatadas no mar ao longo da última semana, quando o tempo bom melhorou a situação para a navegação. Aproximadamente mil pessoas teriam se afogado este ano, e os sobreviventes relataram condições assustadoras.

Nesta sexta-feira, uma embarcação italiana recolheu e encaminhou entre 60 e 70 migrantes à pequena ilha de Lampedusa, no sul da Sicília, segundo o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur). A polícia de Ragusa, na Sicília, declarou ter prendido um traficante de pessoas tunisiano enquanto ele chegava com um barco cheio de migrantes. Na quinta-feira, 15 muçulmanos africanos foram presos por suspeita de assassinato depois que sobreviventes de um barco lotado os acusaram de terem atirado doze cristãos no mar durante uma briga que irrompeu quando pessoas a bordo começaram a rezar por suas vidas.

(Da redação)

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