Japão e Turquia fecham embaixadas no Iêmen
Antes deles, Alemanha, Arábia Saudita, Espanha, Estados Unidos, França, Holanda, Itália e Reino Unido também decidiram fechar suas embaixadas
Japão e Turquia anunciaram nesta segunda-feira o fechamento temporário de suas embaixadas no Iêmen, preocupados com segurança de seus diplomatas depois que milicianos xiitas houthis assumiram o controle da capital Sana.
O pessoal diplomático japonês deixou a cidade no domingo, e Tóquio pediu que seus cidadãos também fossem embora do país. Antes do Japão e Turquia, Alemanha, Arábia Saudita, Espanha, Estados Unidos, França, Holanda, Itália e Reino Unido também decidiram fechar suas embaixadas.
Na noite de domingo, o Conselho de Segurança da ONU exigiu que os milicianos xiitas huthis se retirem das instâncias governamentais iemenitas, libertem o presidente Abd Rabbo Mansur Hadi da prisão domiciliar e negociem uma saída para a crise no país. A resolução, apresentada pela Grã-Bretanha e Jordânia, foi aprovada pelos 15 integrantes do Conselho.
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O embaixador britânico Mark Grant elogiou a “mensagem forte e unitária” do Conselho, enquanto sua colega jordaniana, Dina Kawar, disse esperar que o Iêmen “evite cair no fundo do poço”. Antes da votação, os huthis haviam mostrado, neste domingo, que estavam determinados a continuar ocupando o poder, apesar da pressão do Conselho de Segurança, do Conselho de Cooperação do Golfo (CCG) e da Liga Árabe.
Este último órgão convocou para quarta-feira uma reunião de seus dirigentes encarregados de acompanhar a situação no Iêmen. O Conselho de Segurança pediu aos protagonistas da crise iemenita que acelerem as negociações e marquem uma data para um referendo constitucional e eleições. Contempla, por outro lado, a possibilidade de sanções, apresentadas como “medidas suplementares”, para aqueles que não respeitarem sua decisão, mas não vai tão longe quanto desejavam os países do CCG.
(Com Agência France-Presse)