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Incêndio em fábrica de sapatos deixa 72 mortos nas Filipinas

O local não tinha equipamentos de segurança necessários e os trabalhadores eram explorados pela empresa. Policial filipino afirmou que alguém será responsabilizado pela tragédia

Por Da Redação
14 Maio 2015, 08h41

Ao menos 72 pessoas morreram no incêndio de uma fábrica de sapatos na região metropolitana de Manila, reporta a imprensa local nesta quinta-feira. A manufatura de sapatos, segundo parentes das vítimas, explorava os trabalhadores e não contava com medidas para evitar tragédias deste tipo. Os bombeiros e a polícia retiraram dezenas de corpos do edifício de dois andares nesta quinta, um dia depois do incêndio. Os funcionários não tinham recebido treinamento para deixar o local em caso de chamas e o prédio não dispunha de saídas de emergência e nem de extintores suficientes.

“Definitivamente, alguém será indiciado pelas mortes. Não importa se foi um acidente, pessoas morreram. Agora estamos investigando para determinar o que aconteceu”, disse o chefe da polícia nacional, Leonardo Espina. O incêndio teria começado depois que um material químico inflamável pegou fogo após o contato com as faíscas de um soldador.

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A fábrica, que ficava dentro de um prédio em um distrito industrial de Valenzuela, ao norte da capital filipina, produzia calçados para o mercado local. Os funcionários recebiam um pagamento inferior ao salário mínimo e trabalhavam cercados de produtos químicos. “As famílias não conseguiram ajudar, mas estão furiosas com o que aconteceu, Jamais esqueceremos”, disse Rodrigo Nabor, que tinha duas irmãs que trabalhavam na fábrica. Nabor é um dos parentes que aguardavam em uma sala da prefeitura, transformada em necrotério improvisado, pela chegada dos corpos.

O sobrevivente Lisandro Mendoza, de 23 anos, contou que escapou pela porta dos fundos e confirmou que a empresa não apresentou instruções sobre as normas de segurança nem organizou uma simulação de incêndio nos últimos cinco meses, tempo que trabalhava no local. Mendoza revelou que trabalhava 12 horas por dia, os sete dias da semana, por 79 dólares mensais (cerca de 240 reais), misturando componentes químicos.

(Da redação)

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