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ONU pede ‘diálogo pacífico’ para superar a crise no Egito

O secretário-geral Ban Ki-moon condenou as prisões sumárias no país, mas ofereceu apoio na transição para um governo 'democrático e representativo'

Por Da Redação
6 jul 2013, 02h47

No mesmo dia em que cerca de trinta pessoas morreram no Egito em confrontos entre forças de segurança e grupos que apoiam o presidente deposto Mohamed Mursi, a ONU declarou que está acompanhando com “crescente preocupação” aos últimos eventos no país. A organização pediu um “diálogo pacífico e democrático” entre os dois lados para superar a crise política.

Leia também: No polarizado Egito, confrontos deixam pelo menos trinta mortos

Entenda o caso

  1. • Na onda das revoltas árabes, egípcios iniciaram, em janeiro de 2011, uma série de protestos exigindo a saída do ditador Hosni Mubarak, há trinta anos no poder. Ele renunciou no dia 11 de fevereiro.
  2. • Durante as manifestações, mais de 800 rebeldes morreram em confronto com as forças de segurança de Mubarak, que foi condenado à prisão perpétua acusado de ordenar os assassinatos.
  3. • Uma Junta Militar assumiu o poder logo após a queda do ditador e até a posse de Mohamed Mursi, eleito em junho de 2012.
  4. • Membro da organização radical islâmica Irmandade Muçulmana, Mursi ampliou os próprios poderes e acelerou a aprovação de uma Constituição de viés autoritário.
  5. • Opositores foram às ruas protestar contra o governo e pedir a renúncia de Mursi, que não conseguiu trazer estabilidade ao país nem resolver a grave crise econômica.

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“O caminho a seguir deve ser determinado pelo povo do Egito, de uma maneira que respeite a diversidade de pontos de vista políticos”, disse o secretário-geral Ban Ki-moon em um comunicado divulgado nesta sexta-feira. “Para que esse processo tenha êxito não há lugar para represálias ou para a exclusão de nenhum partido ou grupo”.

Prisões – Ban também criticou as prisões sumárias realizadas pelos militares. Desde que as Forças Armadas derrubaram Mursi com um golpe na última quarta, diversos membros da Irmandade Muçulmana, grupo radical islâmico que fornecia a base de apoio ao ex-presidente, foram detidos pelos militares. “Há relatórios preocupantes sobre a falta de aplicação do devido processo e de restrições à liberdade de expressão e imprensa”, denunciou o secretário-geral, que pediu que as forças de segurança egípcias protejam os manifestantes e evitem enfrentamentos violentos.

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Ban não fez menção à deposição de Mursi, mas alertou que é “imprescindível que os egípcios trabalhem juntos para trilhar um retorno pacífico ao controle civil”. O secretário-geral se comprometeu a promover uma forte parceria entre a ONU e o Egito “para apoiar a transição para um governo democrático e representativo”.

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(Com agência EFE)

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