Líder estudantil chilena Camila Vallejo perde reeleição

Em maio, ela se tornou a figura do movimento com mais visibilidade em décadas

Por Da Redação
7 dez 2011, 08h52

Chile: a líder estudantil Camila Vallejo (Felipe Trueba/EFE/VEJA)

Apesar de ter sido o rosto mais conhecido dos recentes protestos de estundates no Chile, a carismática líder estudantil chilena Camila Vallejo perdeu a reeleição à presidência da Federação de Estudantes da Universidade do Chile (Fech) e ficou como vice-presidente, segundo os resultados oficiais das eleições.

Vallejo, de 23 anos, estudante de Geografia e militante do Partido Comunista, perdeu a eleição para Gabriel Boric, do curso de Direito e que liderava um dos oito partidos de esquerda que competiam na eleição, informou a Universidade do Chile. A contagem final deu a Boric, do partido “Criando Esquerda”, um total de 4.053 votos, seguido por Vallejo, com 3.864 votos, o que garantiu à líder estudantil a vice-presidência da federação. “Vencemos. Foi uma eleição justa”, comentou Boric após ser proclamado presidente.

As eleições da Fech, a mais poderosa das federações de estudantes do Chile, tiveram neste ano uma grande participação, com mais de 12.000 eleitores, em um ano marcado pelo extenso conflito estudantil exigindo uma educação pública gratuita e de qualidade. Vallejo liderou os protestos, que já completaram mais de 40 marchas por Santiago, convertendo-se na líder estudantil com mais visibilidade em décadas no Chile.

(Com agência France-Presse)