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Insulza rejeita que OEA suspenda o Paraguai por destituição de Lugo

Por Por Diego Urdaneta
10 jul 2012, 14h39

O secretário-geral da OEA, José Miguel Insulza, rejeitou nesta terça-feira que o Paraguai seja suspenso da organização continental por causa da destituição do presidente Fernando Lugo, já que isso causaria “divisões e sofrimento desnecessário” ao povo desse país.

“A suspensão na OEA teria implicações econômicas para o país, dado o impacto direto da decisão em outras instituições do sistema interamericano”, afirmou Insulza durante uma reunião extraordinária da Organização de Estados Americanos (OEA) sobre a situação no Paraguai.

Ao fazer um relatório sobre a visita que fez ao Paraguai na semana passada, Insulza recomendou criar uma missão da OEA que promova um diálogo no país e “acompanhe os processos que conduzam” às eleições gerais de abril de 2013.

A missão teve como objetivos garantir “o respeito às garantias necessárias para que todos possam competir em igualdade de condições, para que não haja represálias contra o presidente Lugo” e sejam revisadas as normas sobre os julgamentos políticos.

Lugo foi destituído em 22 de junho, depois de um julgamento sumário do Congresso “por mau desempenho de suas funções” e substituído por seu vice-presidente Federico Franco, uma medida que despertou condenações unânimes na região.

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Insulza recordou que a União Sul-americana de Nações (Unasul) e o Mercosul já suspenderam o Paraguai até essas eleições.

“Considero que a adoção por parte da OEA de uma medida similar não contribuirá para atingir nossos objetivos de promover o diálogo e fortalecer a democracia no Paraguai”, afirmou Insulza.

Ao não suspender o país, “se evitaria aumentar as divisões dentro da sociedade e do sistema político paraguaio, e causar sofrimentos desnecessários ao povo”, afirmou ainda.

O representante do Paraguai na OEA, Bernardino Saguier, disse que seu país está de acordo com o envio da missão da organização para acompanhar o processo político até as eleições no próximo ano.

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A maioria dos países pediu tempo para que seus governos avaliem as conclusões do relatório de Insulza e abordem o documento em uma nova reunião nos próximos dias, apesar de a Argentina e o Peru terem pedido para convocar seus chanceleres na OEA para tratar desse tema.

A Venezuela, que junto com Nicarágua, Equador e Bolívia, promoveu a suspensão do Paraguai, insistiu nesta terça-feira que o julgamento político de Lugo representou um “golpe de estado”.

O embaixador da Venezuela, Roy Chaderton, criticou o que considerou “a indolência” da OEA ante “a violação flagrante do devido processo” do Congresso paraguaio, o que “foi a causa imediata de decisões severas da Unasul e Mercosul”.

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