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Exército e rebeldes lutam por cidade estratégica no Sudão do Sul

Conselho de Segurança da ONU autorizou na terça aumento do número de soldados em missão no país, que está perto de uma guerra civil

Por Da Redação
25 dez 2013, 08h06

No dia seguinte à decisão do Conselho de Segurança da ONU, que autorizou o envio de mais soldados para reforçar a missão humanitária no Sudão do Sul, o Exército do país trava novo combate contra grupos rebeldes na cidade de Malakal. Já em Bor, considerada uma cidade estratégica e retomada pelo governo na terça-feira, prosseguem as batalhas para expulsar os últimos focos rebeldes. “O Exército os está expulsando, mas a maioria dos rebeldes que estavam na cidade fugiu”, afirmou à agência France-Presse da Informação, Michael Makwei. Segundo ele, seu colega da Defesa, Kuol Manyang, lidera a operação em Bor, sua cidade natal.

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Os combates prosseguem em Malakal, capital do estado petroleiro do Alto Nilo, embora o governo negue que tenha perdido o controle da cidade para os rebeldes. “As forças do governo e os rebeldes lutam desde esta manhã em Malakal”, acrescentou Makwei. “Não é verdade que os rebeldes a tenham tomado”, acrescentou.

A reconquista de Bor, que os rebeldes tomaram aparentemente sem maior resistência, colocou fim a uma semana de ataques. Cerca de 17.000 civis fugiram em direção aos já sobrecarregados acampamentos administrados pela ONU no país, à beira de uma guerra civil.

Na terça-feira, os quinze membros do Conselho aprovaram por unanimidade uma resolução que eleva o teto autorizado de efetivos militares da missão de 7.000 para 12.500 soldados. O número de policiais vai ultrapassar 1.300, contra os 900 atuais.

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Com a decisão a missão no Sudão do Sul será terceira maior mantida pela ONU em número de capacetes azuis, atrás das que atuam em República Democrática do Congo e em Darfur. O reforço no Sudão do Sul incluirá helicópteros de combate e transporte, e especialistas em direitos humanos. Contudo, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon, advertiu que o envio “não acontecerá de um dia para o outro”, e que a organização “não pode proteger todos os civis do país”. Ele pediu aos grupos rivais o fim do conflito.

O Sudão do Sul se separou do Sudão em 2011 sob um acordo de paz que encerrou décadas de guerras em um dos maiores estados da África. A crise no estado independente teve início no dia 15 de julho, na capital Juba, e se espalhou por metade dos dez estados do jovem país. O presidente Salva Kiir denunciou uma tentativa fracassada de golpe, responsabilizando o ex-vice-presidente Riek Machar – que rejeitou a acusação.

Potências ocidentais e países africanos tentam intermediar um diálogo entre o presidente Kiir, da etnia dinka, e Machar, da tribo nuer, que foi destituído do cargo em julho. O enfrentamento entre o Exército e rebeldes já deixou milhares de mortos.

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(Com agência France-Presse)

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