Egito indicia coptas que vivem nos EUA por filme anti-Islã
Justiça também quer prender pastor conhecido por promover queima do Corão
O Egito pediu nesta terça-feira a prisão preventiva do pastor americano Terry Jones e sete egípcios coptas que vivem nos Estados Unidos por participar da produção ou distribuição do filme anti-islâmico que provocou uma onda de protetos violentos no mundo árabe. O indiciamento acontece uma semana após o embaixador americano na Líbia morrer em um ataque em Bengasi, no primeiro dia das manifestações que deixaram um total de 25 mortos em vários países de maioria muçulmana.
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O pastor, conhecido por tentar queimar exemplares do Corão a cada aniversário dos atentados de 11 de setembro, e os sete coptas foram acusados de blasfêmia ao islamismo, de difundir informações falsas e de incitar a conflitos sectários. A data do julgamento não foi informada.
Acusados – Todos os imputados – incluindo Nakoula Basseley Nakoula, acusado de dirigir o filme – moram nos EUA. Por isso, o promotor-geral egípcio, Abdelmeguid Mahmoud, ordenou que eles sejam julgados no Tribunal Penal do Cairo, e pediu uma ordem de extradição à Interpol e aos Estados Unidos.
Além de Nakoula, o fundador da Associação Copta de Washington, Moris Sadeq, o coordenador de comunicação do grupo, Nabil Adib Bisada, e o apresentador de TV Morqos Aziz estão na lista de indiciados. Uma vez extraditados ao Egito, eles podem ser condenados à pena de morte.
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O filme Inocência dos Muçulmanos retrata o profeta Maomé como um aproveitador, e foi o estopim para protestos contra os Estados Unidos no mundo islâmico. Na segunda-feira, o grupo terrorista Hezbollah aderiu às manifestações ameaçando os EUA, e há suspeitas de que a Al Qaeda esteja envolvida em alguns ataques.
(Com agência France-Presse)