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Conselho de Segurança aprova resolução sobre MH-17

Rússia também votou a favor de texto que cita separatistas pró-Moscou como 'grupos armados'. Representantes do Kremlin e da Casa Branca trocam farpas

Por Da Redação
21 jul 2014, 17h46

O Conselho de Segurança da ONU aprovou uma resolução pedindo uma investigação independente e acesso completo ao local da queda do avião da Malaysia Airlines. A aeronave, que levava quase 300 pessoas a bordo e ia de Amsterdã para a Kuala Lumpur, foi abatida por um míssil ao sobrevoar o leste da Ucrânia. O texto aprovado pede uma investigação “completa, rigorosa e independente” do caso. A aprovação foi por unanimidade, ou seja, a Rússia também votou a favor.

O texto afirma que os separatistas pró-Moscou – identificados simplesmente como “grupos armados” para evitar protestos da Rússia – devem garantir acesso seguro ao local. A Rússia havia se posicionado contra uma versão anterior que deixava nas mãos da Ucrânia a liderança da investigação, informou o britânico Daily Telegraph, mesmo que o procedimento padrão nas leis internacionais quando ocorre um desastre aéreo seja deixar a investigação a cargo do país onde a tragédia ocorreu e do país onde fica a sede do fabricante da aeronave.

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O embaixador da Rússia nas Nações Unidas, Vitaly Churkin, afirmou que o país “está pronto para oferecer qualquer ajuda necessária” para as investigações. Acrescentou que o Kremlin apoia totalmente uma apuração que “lance luz sobre a verdade”. E defendeu que todas as provas, incluindo as caixas-pretas, devem ser entregues à Icao), a agência das Nações Unidas que se ocupa da aviação internacional.

A embaixadora americana Samantha Power voltou a pressionar Moscou, dizendo que o apoio à resolução é bem-vindo, mas ressaltando que “nenhuma resolução teria sido necessária se a Rússia tivesse usado sua influência para fazer os separatistas deixarem suas armas”. Ela disse ainda que o silêncio da Rússia manda uma mensagem de apoio aos “grupos armados ilegais” e lembrou que representantes do governo russo insinuaram publicamente que a culpa pelo desastre é da Ucrânia.

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Pouco depois da intervenção americana, Churki fez exatamente o que Samantha havia apontado – tentou responsabilizar o governo de Kiev. “Durante a investigação, a Ucrânia terá de responder a perguntas sobre as atividades de seus controladores de tráfego aéreo e por que um de seus sistemas Buk estava na área”. (Continue lendo o texto)

Os separatistas tiveram acesso a esse tipo de equipamento e não fizeram questão de esconder isso, divulgando imagens do sistema antiaéreo em redes sociais. Para o embaixador russo, no entanto, um vídeo com o Buk “foi filmado, na verdade, em território ucraniano, e, portanto, não poderia ter sido controlado pelos rebeldes”. Vale lembrar que os separatistas autoproclamaram independentes áreas do leste da Ucrânia, como Donetsk e Lugansk, depois de a Rússia ter anexado a península da Crimeia, no sul do país, ignorando sanções e violando leis internacionais e a soberania do vizinho. Resta saber a qual território ucraniano o diplomata se referia.

Local da queda do avião na Ucrânia

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