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Base da ONU é atacada por rebeldes no Sudão do Sul

As Nações Unidas informaram que funcionários foram mortos na ofensiva. O país mergulhou em conflitos após uma fracassada tentativa de golpe de estado

Por Da Redação
20 dez 2013, 08h49

Uma base utilizada por forças de paz das Nações Unidas em Akobo, localizada ao nordeste do Sudão do Sul, foi atacada nesta quinta-feira por rebeldes contrários ao governo. Segundo o vice-secretário-geral da ONU, Jan Eliasson, a organização recebeu um relatório confirmando a morte de funcionários. Nenhum detalhe sobre o número de vítimas ou a identidade dos mortos foi divulgado. “A situação está se deteriorando. A missão no Sudão do Sul tentará extrair o pessoal desarmado de Akobo e reforçar a base com sessenta tropas adicionais”, acrescentou o porta-voz Farhan Haq.

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A ONU acredita que os rebeldes estavam mirando civis quando efetuaram a ofensiva em Akobo. “Existem sinais de diferentes ataques perpetrados por grupos étnicos contra outros. Pedimos ao governo e aos envolvidos para protegerem todos os civis”, destacou Haq. De acordo com a rede BBC, a ONU está fornecendo proteção para mais de 30 000 civis em cinco cidades diferentes. O ataque em Akobo ocorreu horas depois de o governo do Sudão do Sul comunicar que rebeldes haviam tomado o controle de Bor, uma importante cidade localizada ao norte da capital Juba.

Sudão do Sul

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O país mergulhou em uma onda de conflitos armados após tropas leais ao ex-vice-presidente Riek Machar acusarem o atual presidente, Salva Kiir, de fomentar um golpe de estado. O governo informou que dez autoridades, incluindo ex-ministros, foram detidas, mas Riek Machar está foragido. Em julho, o presidente Kiir demitiu seu vice e todo o governo, em meio a rivalidades entre os dois políticos e dissensões dentro do regime, formado por ex-rebeldes que conquistaram a independência do Sudão, em julho de 2011.

Kiir está no poder desde um acordo de paz assinado com Cartum, capital do Sudão, em 2005, que terminou com décadas de guerra civil e levou à independência do Sudão do Sul. Salva Kiir é da etnia Dinka, e Riek Machar é Nuer, e a população teme agora confrontos entre as duas comunidades. Em uma entrevista concedida à Radio France, Riek Machar afirmou que os conflitos não cessarão até o Exército derrubar o governo “Nós queremos que ele saia”, afirmou. Uma delegação de representantes dos países do leste africano também foi levada a Juba para tentar firmar um pacto de paz com Salva Kiir.

Relatórios elaborados pela ONU estimam que entre 400 e 500 pessoas foram mortas nos últimos dias. A BBC informou que a ONU solicitou ao governo de Uganda para servir como mediador de um diálogo político entre os dois lados envolvidos no confronto. Tanto os Estados Unidos quanto a Grã-Bretanha enviaram aviões ao Sudão do Sul para retirar os cidadãos e funcionários diplomáticos que se encontravam no país. Um membro da defesa americana disse que a situação na região “está ficando feia”.

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(Com agência Reuters)

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