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Administração do Vaticano precisa de revisão total, dizem cardeais ao papa

Por Da Redação
3 out 2013, 15h57

Os cardeais que aconselham o papa Francisco sobre como reformar o Vaticano acreditam que o governo central da Santa Sé está tão repleto de problemas que só uma revisão total pode recuperá-lo, informou o Vaticano nesta quinta-feira. O reconhecimento extraordinariamente franco foi feito no terceiro e último dia de encontros a portas fechadas entre o papa e oito cardeais de países diferentes para discutir a conturbada administração do Vaticano e delinear possíveis mudanças na Igreja.

O padre Federico Lombardi, porta-voz do Vaticano, disse que os cardeais não cogitam mais fazer ajustes ou mudanças na Constituição de 1998 a respeito do funcionamento dos vários departamentos do Vaticano, conhecida como “Pastor Bonus” (Bom Pastor). “Os cardeais estão se inclinando para uma Constituição com muitos elementos significativamente novos. Em resumo, uma nova Constituição”, disse Lombardi a repórteres em uma conversa.

A administração central do Vaticano, conhecida como Cúria, tem sido acusada de ser disfuncional e repleta de disputas internas, e é vista como culpada por muitos dos infortúnios e escândalos que contaminaram o papado de Bento 16, que renunciou em fevereiro. Bispos de todo o mundo a vêem como autocrática, condescendente e excessivamente burocrática, e alguns dizem que às vezes parece acolher as aparências e intrigas de uma corte renascentista.

Em entrevista publicada na terça-feira em um jornal italiano, o papa Francisco disse que um dos maiores problemas da Cúria é estar muito concentrada em seus próprios interesses e ser muito ensimesmada. Ele declarou que uma atmosfera de corte, na qual autoridades do Vaticano agem como “cortesãos”, é “a lepra do papado”.

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O papa Francisco trouxe um novo estilo de abertura, consulta e simplicidade ao Vaticano. Por exemplo, ele descartou o espaçoso apartamento papal e vive em aposentos pequenos. Francisco anunciou o painel papal de consulta de cardeais, um passo revolucionário em uma Igreja assentada na tradição hierárquica, somente um mês depois de sua eleição como o primeiro papa não europeu em 1.300 anos e o primeiro da América Latina.

Sua decisão de receber conselhos de cardeais de Itália, Chile, Índia, Alemanha, República Democrática do Congo, Estados Unidos, Austrália e Honduras é um sinal claro de que pretende levar a sério os clamores de dentro da Igreja para descentralizar uma instituição tradicionalmente vertical.

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