Neymar e as mulheres: todas querem uma casquinha dele

Em casa, ele é 'Juninho', mimado pela mãe e pela irmã; fora, ele é o sonho das adolescentes que sonham com o ídolo - e o grande alvo das 'marias-chuteiras'

Por Pollyane Lima e Silva
17 jun 2011, 23h45

Neymar é sempre cercado pelas mulheres por onde passa ((Fotos: Luiz Fernando Menezes/Fotoarena e Nelson Almeida/AFP)/VEJA)

Desde que começou a jogar profissionalmente pelo Santos, a vida de Neymar segue uma proporção matemática das mais simples. Quanto melhor ele joga – e se isso fosse um gráfico, essa seria a curva em melhor ascendência – mais visibilidade ele ganha. Quanto mais aparece na imprensa do Brasil e do mundo, mais vaidoso ele fica. E quanto mais se preocupa com a aparência, maior se torna o assédio em cima dele. Para os especialistas em futebol e os homens em geral, ele até pode ser o maior craque do Santos, o melhor jogador em atividade no país e o grande nome da seleção de Mano Menezes. Mas não dá para negar que foram as mulheres – de absolutamente todas as idades – que fizeram dele uma das maiores celebridades do país atualmente. Entre as adolescentes, então, ele é insuperável – ninguém nem chega perto de sua popularidade com as meninas.

Em casa – onde é Juninho -, as fãs são apenas duas: a mãe, Nadine, e a irmã caçula, Rafaela, que ele mesmo já definiu como as mulheres da sua vida. Mas já se pode somar a elas, desde maio passado, a adolescente de 17 anos grávida do primeiro filho do jogador, esperado para setembro. Já na internet, elas são centenas de milhares e representam a esmagadora maioria dos mais de 1,16 milhão de seus seguidores no Twitter, onde fazem com que um simples post dele sobre a ida ao cabeleireiro prometendo um “visual novo” seja mais uma desculpa para que elas comecem a desfiar suas infinitas declarações de amor, como “vai ficar mais lindo ainda” e “não irá inteferir em sua beleza, pois ela é única”.

Na rua, em qualquer lugar por onde ele passe, a trabalho ou lazer, elas partem para o contato físico, como um zagueiro mal intencionado. E se declaram mais, agarram, beijam, abraçam, choram, gritam, tiram fotos, pedem autógrafos, entregam presentes e o que mais conseguirem fazer durante um milésimo de segundo de descuido do segurança mais próximo. Elas também não se sentem intimidadas a invadir o treino do Santos ou da seleção brasileira na tentativa de se aproximar dele. E quando as anônimas não podem entrar, encontram representantes à altura. Daí entram em campo panicats, participantes de reality shows e outras celebridades B que têm acesso aos lugares que Neymar frequenta e, em frente ou atrás das câmeras, não se fazem de rogadas ao tentar tirar uma casquinha do craque – que o diga Nicole Bahls, do programa Pânico na TV, que protagonizou cenas de assédio explícito numa gravação.

E, apesar da fama de marrento – principalmente entre os homens -, o jogador de apenas 19 anos garante que é “um cara certinho”, que não fuma, raramente é visto na noite, frequenta a Igreja (Batista, em Santos) sempre que pode e fica até acanhado com todo esse alvoroço em torno dele – o que o sorriso tímido não nega. Mas é notável que o garoto gosta do assédio e, por isso, preocupa em agradá-las sempre. Assim, a ida ao cabeleireiro não é apenas para cortar o cabelo, que já ganhou nuances loiras. Ele também acerta as sobrancelhas e faz até o pé, para estar sempre “bonitinho”. E, com isso, faz crescer mais e mais a fila de mulheres que já estão e as que desejam mais do que tudo fazer parte de sua vida pessoal – uma rotina que, há algum tempo, já parou de ser a de um jogador comum.

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