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Na estreia de Mano, vitória e o esboço de um time rápido

Brasil bateu EUA em amistoso fora de casa: 2 a 0, com gols de Neymar e Pato. Novo técnico reedita desenho tático dos seus tempos de Grêmio e Corinthians

Por Da Redação
10 ago 2010, 23h06

Apesar da falta de entrosamento, o Brasil foi melhor e ainda mostrou breves lampejos do futebol bonito que sempre se espera da seleção pentacampeã das Copas do Mundo

A seleção brasileira estreou seu novo técnico e sua nova formaçâo na noite desta terça-feira, em Nova Jersey, com uma convincente vitória sobre a experiente equipe dos Estados Unidos, por 2 a 0, gols de Neymar e Alexandre Pato. No começo, o time comandado pelo treinador Mano Menezes mostrou certa insegurança. Mas bastou cerca de meia hora para o Brasil marcar o primeiro gol de sua nova fase e começar a mostrar o futebol que deverá marcar essa etapa de transição a caminho da Copa do Mundo de 2014 – um estilo de jogo mais leve, rápido e dinâmico que o da seleção que fracassou sob o comando de Dunga no Mundial da África do Sul.

Apesar da falta de entrosamento e da competência do adversário, que levou a campo um time quase idêntico ao que fez bom papel na Copa, o Brasil foi melhor e ainda mostrou breves lampejos do futebol bonito que sempre se espera da seleção pentacampeã do mundo. Bem mais importante que o resultado, porém, foi a chance de poder observar como Mano pretende montar sua seleção – e como os novatos escalados para renovar o Brasil se comportam vestindo a camisa amarela. O que mais chamou atenção foi a montagem da equipe, seguindo o desenho tático que Mano sempre gostou de usar quando comandou Grêmio e Corinthians. A seguir, as principais características desse time – e quem pode conquistar seu espaço nessa nova seleção:

Ataque: um na frente, dois pelas pontas. Na seleção de Mano Menezes há lugar para apenas um atacante fixo, encarregado de comandar o ataque e servir de referência ofensiva. Apesar de ter conquistado muitos títulos escalando uma dupla na frente – como Romário e Bebeto, em 1994 -, a seleção volta a ter só um centroavante encarregado de cumprir o papel de matador, e o jovem Alexandre Pato sai na frente na briga por essa vaga. Para servi-lo, uma dupla de jogadores ofensivos ocupando os lados do campo, armando, tabelando e ajudando a fechar o meio quando o time perde a posse de bola. No Corinthians de Mano, jogadores leves como Dentinho e Jorge Henrique ocupavam essas vagas. Na estreia do técnico na seleção, Neymar e Robinho foram os escolhidos. Devem seguir no time. Carlos Eduardo, revelado no Grêmio com Mano no comando, pode ser outra opção para essa função.

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Meio: bons volantes e um maestro. Gilberto Silva e Felipe Melo ficaram mesmo para trás. Mano escala três atletas no meio, começando por um volante defensivo com bom passe e capacidade de organizar o jogo. Lucas – que assim como Carlos Eduardo despontou no Grêmio com Mano – tem tudo para ser o dono dessa vaga. Sandro, do Internacional, também deve concorrer a esse lugar. Como segundo volante, Ramires ou Hernanes para fazer o papel que Elias cumpria no Corinthians de Mano: um jogador com boa dinâmica de jogo e que, além de marcar, torna-se articulador de jogadas quando o time tem a bola. Por fim, o camisa 10 clássico, o armador que dá o tom da partida. No Grêmio, era Tcheco; no Corinthians, Douglas. Na seleção, Mano deve mesmo reservar a camisa a Paulo Henrique Ganso, a grande aposta para o futuro da seleção. Na estreia, nesta terça, ele mostrou personalidade e categoria.

Defesa: zagueiros rápidos e laterais habilidosos. Depois de duas Copas com a dupla Juan e Lúcio, chegou a hora de mudar o miolo de zaga. E o jovem David Luiz, do Benfica, aparece como grande novidade, acompanhado do já conhecido Thiago Silva. Têm tudo para formar um par bem afinado e bem ao gosto de Mano, com segurança na marcação, boas antecipações de bola e coberturas precisas. Nas laterais, André Santos, que se consagrou no Corinthians sob o comando de Mano, está com prestígio. Também no lado esquerdo, Marcelo deve ter chances, pois faz o tipo de jogo que agrada Mano: rapidez, apoio ao ataque e bom poderio ofensivo. No lado direito, Daniel Alves pode ganhar espaço, apesar da participação pouco inspirada no jogo desta terça.

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